Summary: | Insegurança alimentar, fome e falta de acesso à alimentação adequada são fenômenos complexos que vão além da escassez de alimentos. Seu enfrentamento requer a articulação entre as diferentes políticas públicas e setores sociais, adotando uma nova abordagem de gestão dos programas sociais de segurança alimentar. Pretende-se discutir a intersetorialidade como uma estratégia de gestão no contexto da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que visa assegurar o Direito Humano à Alimentação Adequada por meio de programas como o Programa Cozinha Comunitária. Uma pesquisa quanti-qualitativa foi realizada no município de Contagem (MG), incluindo a aplicação de formulários a 128 beneficiários e a realização de entrevistas qualitativas semiestruturadas com gestores e técnicos. Os resultados quantitativos apontaram que os beneficiários tinham renda média abaixo de um salário mínimo, com predominância da inserção feminina e tempo médio de vinculação ao programa de 12 meses. A análise das entrevistas mostrou que a intersetorialidade apresenta-se como uma perspectiva inovadora na gestão do Programa Cozinha Comunitária, viabilizando uma nova relação entre os beneficiários e os gestores, visando à garantia do direito humano à segurança alimentar.
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