EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A CONSERVAÇÃO DA ONÇA PARDA: POTENCIAIS DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DO NORDESTE PAULISTA

No nordeste do Estado de São Paulo as unidades de conservação abrigam importante parcela da biodiversidade brasileira. Espécies predadoras de topo de cadeia, como a onça parda (Puma concolor), ainda estão presentes nessa região e dependem dessas unidades para sobreviverem. Nesse contexto, a educaçã...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Mayla Willk Valenti, Sara Monise de Oliveira, Haydée Torres de Oliveira, Renata Alonso Miotto
Format: Article
Language:English
Published: Instituto Florestal 2014-06-01
Series:Revista do Instituto Florestal
Subjects:
Online Access:https://rif.emnuvens.com.br/revista/article/view/169
Description
Summary:No nordeste do Estado de São Paulo as unidades de conservação abrigam importante parcela da biodiversidade brasileira. Espécies predadoras de topo de cadeia, como a onça parda (Puma concolor), ainda estão presentes nessa região e dependem dessas unidades para sobreviverem. Nesse contexto, a educação ambiental pode contribuir com a conservação das espécies, embora existam desafios a serem superados. O objetivo deste trabalho foi identificar potencialidades e limites da educação ambiental para a conservação da biodiversidade nas unidades de conservação do nordeste paulista, tendo como tema a conservação de predadores, em especial a onça parda. A área de estudo foi definida com base na população dessa espécie na região. Realizamos levantamento das unidades de conservação na área de estudo e consulta para identificar aquelas com programas de educação ambiental ativos. Visitamos sete áreas protegidas, sendo que em cada uma realizamos entrevista estruturada com pessoas envolvidas em ações de educação ambiental e/ou gestores das unidades, totalizando sete entrevistas. Os dados indicaram que essas unidades estão em contextos relevantes para a realização de ações educativas voltadas à conservação de predadores. Contudo, as/os entrevistadas/os relataram dificuldades em se aproximar da população do entorno fora do ambiente escolar, especialmente o público adulto. Apesar disso, identificamos uma preocupação em envolver a comunidade do entorno, percebida nos próprios objetivos das atividades realizadas pelas unidades de conservação. A partir dos resultados obtidos, consideramos que, embora o tema dos predadores não seja especificamente trabalhado, existe um potencial grande para atuação nesse sentido. Ainda, destacamos que as unidades de conservação são espaços privilegiados para a integração dos conhecimentos científicos e educação ambiental.
ISSN:0103-2674
2178-5031