Contributos para uma análise da tese da “modernidade reflexiva” de Anthony Giddens, a partir da perspetiva de Pierre Bourdieu

Cativante, a tese da “modernidade reflexiva” de A. Giddens dificilmente poderá ser sustentada empiricamente se alguns dos seus pressupostos não forem (re)equacionados. Confrontando a perspetiva de A. Giddens com a de P. Bourdieu, procura-se, assim, neste artigo, dar resposta às seguintes questões: a...

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Bibliographic Details
Main Author: Maria Benedita Portugal e Melo
Format: Article
Language:English
Published: CICS.NOVA - Interdisciplinary Centre of Social Sciences, Universidade Nova de Lisboa 2012-12-01
Series:Forum Sociológico
Subjects:
Online Access:https://journals.openedition.org/sociologico/632
Description
Summary:Cativante, a tese da “modernidade reflexiva” de A. Giddens dificilmente poderá ser sustentada empiricamente se alguns dos seus pressupostos não forem (re)equacionados. Confrontando a perspetiva de A. Giddens com a de P. Bourdieu, procura-se, assim, neste artigo, dar resposta às seguintes questões: a) o contacto com os conhecimentos periciais é suficiente para os indivíduos quebrarem a inércia da rotina que alimenta as suas práticas quotidianas e desenvolverem uma reflexividade distinta da reflexividade prática que usualmente constroem? b) o que caracteriza a reflexividade institucional? c) quais são os fatores que possibilitam a disseminação e receção de uma reflexividade baseada em conhecimentos periciais? A argumentação apresentada desenvolve a hipótese de que os atores sociais constroem diferentes tipos de reflexividade e só sentirão a urgência de produzir uma reflexividade “suprarracionalizada” se se encontrarem perante “situações críticas” (Giddens, 1989).
ISSN:0872-8380
2182-7427