O PAPEL DO EXTRATO DE PELARGONIUM SIDOIDES NO POTENCIAL TUMORICIDA DE LINFÓCITOS CITOTÓXICOS

Objetivo: Esta pesquisa investigou se o extrato EPs 7630 de Pelargonium sidoides possui a capacidade de aumentar a atividade citotóxica das células natural killer (NK) para eliminar células de linhagem tumoral hematológica. Materiais e métodos: Células mononucleares do sangue periférico (PBMC) de in...

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Bibliographic Details
Main Authors: LR Soares, MBC Mascarenhas, MFS Fernandes, SCSV Tanaka, H Moraes-Souza, ACDM Carneiro, FB Vito
Format: Article
Language:English
Published: Elsevier 2023-10-01
Series:Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Online Access:http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2531137923017029
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author LR Soares
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description Objetivo: Esta pesquisa investigou se o extrato EPs 7630 de Pelargonium sidoides possui a capacidade de aumentar a atividade citotóxica das células natural killer (NK) para eliminar células de linhagem tumoral hematológica. Materiais e métodos: Células mononucleares do sangue periférico (PBMC) de indivíduos saudáveis com idade igual ou superior a 18 anos sem histórico de neoplasias, doenças autoimunes e doenças infecciosas crônicas ou ativas foram isoladas por centrifugação em gradiente de concentração e tratadas com extrato etanólico das raízes de Pelargonium sidoides (EPs 7630), nas concentrações 10 e 50 μg/mL. As células foram mantidas em estufa CO2 a 37°C por 24 horas, em meio RPMI 1640 com L-glutamina, soro fetal bovino, estreptomicina e penicilina. Após esse período, células tumorais K562 foram colocadas em cocultura com as PBMC, na proporção 1:10, por 4 horas. A quantificação da morte de celular foi realizada por citometria de fluxo com a marcação de 7-amino-actinomicina D (7-AAD). Todos os testes foram realizados em triplicata. Resultados: A análise ANOVA de medidas repetidas entre os grupos não-tratado, tratado com 10 μg/mL e tratado com 50 μg/mL do extrato de EPs 7630 mostrou uma diferença significativa em relação à morte de células tumorais (p = 0,0085). Quando realizada a análise de múltiplas comparações entre os grupos, notou-se um significativo aumento da indução de morte das células K562 com o tratamento de 50 μg/mL do extrato de EPs 7630 comparado à ausência de tratamento (p = 0,0113). Esta diferença não foi observada com o tratamento de 10 μg/mL (p = 0,0499) (média 40,34% vs. 49,26%). Quando as diferentes concentrações do tratamento foram comparadas, também não foi observada diferença significativa na indução de morte celular (p = 0,1454). Discussão: O tratamento com 50 μg/mL do extrato de Pelargonium sidoides resultou em uma maior atividade citotóxica das células NK em comparação com o grupo não tratado, o que indica um aumento do potencial antitumoral do extrato nessa concentração. Por outro lado, o grupo tratado com 10 μg/mL não mostrou diferença significativa em relação ao grupo não tratado, sugerindo que essa concentração pode não ser suficiente para desencadear uma resposta citotóxica significativa. Esses resultados sugerem que o extrato de Pelargonium sidoides pode ser uma abordagem promissora para fortalecer a resposta imune contra o câncer. Esforços devem ser direcionados para a realização pesquisas com o uso in vivo do extrato, bem como sobre os mecanismos moleculares envolvidos nesse aumento da atividade citotóxica e se esta seria mediada por citocinas ou grânulos citolíticos presentes nos linfócitos citotóxicos. Conclusão: Os resultados indicam que o extrato EPs 7630 de Pelargonium sidoides tem o potencial de aumentar a atividade citotóxica das células NK contra células tumorais de origem hematológica. Concentrações mais altas do extrato parecem ter um efeito mais pronunciado.
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