Pythium insidiosum em equino: Relato de caso
A pitiose é uma afecção granulomatosa crônica que acomete equinos e outras espécies como cães, bovinos, caprinos, felinos, animais silvestres e seres humanos. Ocorre em regiões de climas tropicais, subtropicais ou temperados, e em áreas com acúmulo de água, banhados e lagoas. O Brasil está entre os...
| Main Authors: | , , , , , |
|---|---|
| Format: | Article |
| Language: | English |
| Published: |
Editora MV Valero
2019-01-01
|
| Series: | Pubvet |
| Subjects: | |
| Online Access: | http://www.pubvet.com.br/artigo/5342/pythium-insidiosum-em-equino-relato-de-caso |
| _version_ | 1797761267047333888 |
|---|---|
| author | Débora Zaro Cristine Bitencourt Redivo Bárbara Alibio Moraes Flávia Umpierre Bueno Carlos Afonso de Castro Beck André Luiz de Araújo Rocha |
| author_facet | Débora Zaro Cristine Bitencourt Redivo Bárbara Alibio Moraes Flávia Umpierre Bueno Carlos Afonso de Castro Beck André Luiz de Araújo Rocha |
| author_sort | Débora Zaro |
| collection | DOAJ |
| description | A pitiose é uma afecção granulomatosa crônica que acomete equinos e outras espécies como cães, bovinos, caprinos, felinos, animais silvestres e seres humanos. Ocorre em regiões de climas tropicais, subtropicais ou temperados, e em áreas com acúmulo de água, banhados e lagoas. O Brasil está entre os países tropicais como local endêmico de pitiose equina. O agente etiológico em mamíferos é um oomiceto do Reino Stramenopila, Filo Oomycota, Classe Oomycetes, Ordem Pythiales, Família Pyhtiaceae, Gênero Pythium, Espécie Pythium insidiosum. É um parasita de plantas aquáticas, que através de reprodução assexuada produz zoósporos que podem infectar os animais. Causa grandes prejuízos na equinocultura e o prognóstico da doença depende da extensão das lesões e comprometimento de estruturas como tendões, articulações e tecidos ósseos. É uma doença que provoca um quadro infeccioso na pele e região subcutânea, pode apresentar quadros sistêmicos, pulmonares, gastrointestinais, oculares, entre outros. A enfermidade em equinos caracteriza-se pela formação de granulomas eosinofílicos, com a presença de massas necróticas denominadas de “kunkers”. Os “kunkers” histologicamente apresentam-se como concreções eosinofílicas de tamanho variado, forma circular, contornos irregulares, compostas de hifas, colágeno, arteríolas e células inflamatórias. Muitos protocolos para tratamento têm sido utilizados: químicos (antifúngicos), cirúrgicos e de imunoterapia. O tratamento mais indicado para a cura da pitiose em equinos é a remoção cirúrgica do granuloma combinada com a imunoterapia. Porém, o tratamento é complicado devido a características singulares do agente que difere dos fungos verdadeiros na produção de zoósporos móveis e na composição de sua parede celular. Fungos verdadeiros possuem quitina em sua parede, enquanto o Pythium contém celulose e β-glucanas, o que dificulta a penetração dos fármacos. Neste trabalho, propõe-se relatar um caso de pitiose diagnosticado em um equino atendido no Hospital de Clínicas Veterinárias (HCV) da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Observou-se um tratamento longo, dispendioso, com complicações e reações adversas no local de aplicação do imunoterápico. Contudo, a terapia foi eficiente na diminuição da lesão, melhora do quadro infeccioso da pele e região subcutânea. |
| first_indexed | 2024-03-12T19:10:31Z |
| format | Article |
| id | doaj.art-cf1f1ba08f57460b92c1dcb29dca7d70 |
| institution | Directory Open Access Journal |
| issn | 1982-1263 |
| language | English |
| last_indexed | 2024-03-12T19:10:31Z |
| publishDate | 2019-01-01 |
| publisher | Editora MV Valero |
| record_format | Article |
| series | Pubvet |
| spelling | doaj.art-cf1f1ba08f57460b92c1dcb29dca7d702023-08-02T05:57:04ZengEditora MV ValeroPubvet1982-12632019-01-0112121810.31533/pubvet.v12n12a223.1-6Pythium insidiosum em equino: Relato de casoDébora Zaro0Cristine Bitencourt Redivo1Bárbara Alibio Moraes2Flávia Umpierre Bueno3Carlos Afonso de Castro Beck4 André Luiz de Araújo Rocha5Universidade Federal do Rio Grande do SulUniversidade Federal do Rio Grande do SulUniversidade Federal do Rio Grande do SulUniversidade Federal do Rio Grande do SulUniversidade Federal do Rio Grande do SulUniversidade Federal do Rio Grande do SulA pitiose é uma afecção granulomatosa crônica que acomete equinos e outras espécies como cães, bovinos, caprinos, felinos, animais silvestres e seres humanos. Ocorre em regiões de climas tropicais, subtropicais ou temperados, e em áreas com acúmulo de água, banhados e lagoas. O Brasil está entre os países tropicais como local endêmico de pitiose equina. O agente etiológico em mamíferos é um oomiceto do Reino Stramenopila, Filo Oomycota, Classe Oomycetes, Ordem Pythiales, Família Pyhtiaceae, Gênero Pythium, Espécie Pythium insidiosum. É um parasita de plantas aquáticas, que através de reprodução assexuada produz zoósporos que podem infectar os animais. Causa grandes prejuízos na equinocultura e o prognóstico da doença depende da extensão das lesões e comprometimento de estruturas como tendões, articulações e tecidos ósseos. É uma doença que provoca um quadro infeccioso na pele e região subcutânea, pode apresentar quadros sistêmicos, pulmonares, gastrointestinais, oculares, entre outros. A enfermidade em equinos caracteriza-se pela formação de granulomas eosinofílicos, com a presença de massas necróticas denominadas de “kunkers”. Os “kunkers” histologicamente apresentam-se como concreções eosinofílicas de tamanho variado, forma circular, contornos irregulares, compostas de hifas, colágeno, arteríolas e células inflamatórias. Muitos protocolos para tratamento têm sido utilizados: químicos (antifúngicos), cirúrgicos e de imunoterapia. O tratamento mais indicado para a cura da pitiose em equinos é a remoção cirúrgica do granuloma combinada com a imunoterapia. Porém, o tratamento é complicado devido a características singulares do agente que difere dos fungos verdadeiros na produção de zoósporos móveis e na composição de sua parede celular. Fungos verdadeiros possuem quitina em sua parede, enquanto o Pythium contém celulose e β-glucanas, o que dificulta a penetração dos fármacos. Neste trabalho, propõe-se relatar um caso de pitiose diagnosticado em um equino atendido no Hospital de Clínicas Veterinárias (HCV) da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Observou-se um tratamento longo, dispendioso, com complicações e reações adversas no local de aplicação do imunoterápico. Contudo, a terapia foi eficiente na diminuição da lesão, melhora do quadro infeccioso da pele e região subcutânea.http://www.pubvet.com.br/artigo/5342/pythium-insidiosum-em-equino-relato-de-casocavalofungoterapêuticavacina |
| spellingShingle | Débora Zaro Cristine Bitencourt Redivo Bárbara Alibio Moraes Flávia Umpierre Bueno Carlos Afonso de Castro Beck André Luiz de Araújo Rocha Pythium insidiosum em equino: Relato de caso Pubvet cavalo fungo terapêutica vacina |
| title | Pythium insidiosum em equino: Relato de caso |
| title_full | Pythium insidiosum em equino: Relato de caso |
| title_fullStr | Pythium insidiosum em equino: Relato de caso |
| title_full_unstemmed | Pythium insidiosum em equino: Relato de caso |
| title_short | Pythium insidiosum em equino: Relato de caso |
| title_sort | pythium insidiosum em equino relato de caso |
| topic | cavalo fungo terapêutica vacina |
| url | http://www.pubvet.com.br/artigo/5342/pythium-insidiosum-em-equino-relato-de-caso |
| work_keys_str_mv | AT deborazaro pythiuminsidiosumemequinorelatodecaso AT cristinebitencourtredivo pythiuminsidiosumemequinorelatodecaso AT barbaraalibiomoraes pythiuminsidiosumemequinorelatodecaso AT flaviaumpierrebueno pythiuminsidiosumemequinorelatodecaso AT carlosafonsodecastrobeck pythiuminsidiosumemequinorelatodecaso AT andreluizdearaujorocha pythiuminsidiosumemequinorelatodecaso |