Contribuições de Viktor Frankl ao sentido da vida e na temporalidade contemporânea
A partir da metade do século XIX, com o advento sem precedentes de novas tecnologias, o homem passa a vivenciar uma importante alteração da percepção do outro, do tempo e do espaço. A aceleração do tempo promovida por essas novas tecnologias não permite o exercício da afetividade para a consolidação...
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Format: | Article |
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Published: |
Sociedade Brasileira de Psicopatologia Fenômeno-Estrutural
2015-10-01
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Series: | Psicopatologia Fenomenológica Contemporânea |
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Online Access: | https://revistapfc.com.br/rpfc/article/view/1009 |
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author | Daniel Fortunato Burgese Daniela Ceron-Litvoc |
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description | A partir da metade do século XIX, com o advento sem precedentes de novas tecnologias, o homem passa a vivenciar uma importante alteração da percepção do outro, do tempo e do espaço. A aceleração do tempo promovida por essas novas tecnologias não permite o exercício da afetividade para a consolidação de laços, as relações assumem matizes narcisistas que buscam gratificações imediatas e o outro é entendido como uma continuidade do eu, na busca do prazer. Viktor Emil Frankl (1905-1997) parte do pressuposto de que a principal fonte motivadora do ser humano é a busca do sentido, algo em função do que se vive. Fenômenos patológicos, tais como depressão, ansiedade e dependências de substâncias, de uma forma geral, não podem ser entendidos e tratados sem o reconhecimento do vazio existencial subjacente a eles. A estrutura psíquica que, frente a novos fenômenos vivenciados, perde a capacidade de temporalizar e expandir sua espacialidade, torna-se patológica. Essa incapacidade pós-moderna de reter o passado, de analisar as informações recebidas e refletir, é uma das responsáveis pelo adoecimento psíquico da sociedade atual. A temporalidade tem papel crucial para o entendimento da resiliência. Estas devem ser as marcas da temporalização saudável do indivíduo, na contemporaneidade. |
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