Restauração, reinvenção e recordação: recuperando identidades sob a escravização na áfrica e face à escravidão no Brasil

O artigo propõe uma leitura criativa e "especulativa" das experiências dos africanos que, por sua escravização, conectaram a África à Ámerica, e a Ámerica à África durante a época do comércio de escravos. Dialogando com a historiografia da escravidão nas Ámericas, com especial atenção para...

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Bibliographic Details
Main Author: Joseph C Miller
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo 2011-06-01
Series:Revista de História
Subjects:
Online Access:https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/19188
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spelling doaj.art-cf5b773795ff45b1b8119231aab4fbfd2023-01-03T08:15:42ZengUniversidade de São PauloRevista de História0034-83092316-91412011-06-0116410.11606/issn.2316-9141.v0i164p17-6419165Restauração, reinvenção e recordação: recuperando identidades sob a escravização na áfrica e face à escravidão no BrasilJoseph C Miller0Virginia UniversityO artigo propõe uma leitura criativa e "especulativa" das experiências dos africanos que, por sua escravização, conectaram a África à Ámerica, e a Ámerica à África durante a época do comércio de escravos. Dialogando com a historiografia da escravidão nas Ámericas, com especial atenção para os historiadores brasileiros, a discussão focaliza a elaboração e invenção de identidades para além da polarização simplista do debate entre os partidários dos "africanismos" e os defensores da "crioulização". Tentando compreender a escravidão nos termos em que esta era pensada pelos próprios africanos e seus descendentes e mais como um processo histórico do que uma "instituição" abstrata. Miller mostra que a busca por laços sociais e constituição de novas comunidades eram os meios capazes de neutralizar a dispersão, a violência e o isolamento da escravização. Em outras palavras re-estabeleceram os sentimentos de pertencimento e de segurança pessoal mínimos. Das confrarias reliogiosas e das comunidades de refugiados, às maltas de capoeira, aos reinados congos e às associações de ajuda mútua, dos anos formativos (séculos XVI ao XVII) da sociedade luso-brasileira, passando pelo século XVIII e chegando ao Brasil independente, o artigo acompanha processos complexos de constituição de conexões que, segundo Miller, só podem ser lidos numa perspectiva pautada pela compreensão do tema em diferentes contextos e momentos da sociedade escravista e em suas articulações com uma África de muitos significados.https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/19188Identidades africanasAmérica portuguesa/BrasilComunidades escravasSéculos XVII ao XIX
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