Me Senti em Casa

A proliferação das comunidades virtuais aliada à recente popularização dos meios de hospedagem colaborativa no setor turístico oportunizou a consumação de experiências insólitas de hospitalidade que demandam alto grau de confiança dos viajantes. Este artigo buscou compreender como as revisões de hós...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Francisco Mateus da Silva Cruz, Ana Augusta Ferreira de Freitas
Format: Article
Language:English
Published: Associação Nacional de Pós-Graduação em Turismo 2021-06-01
Series:Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo
Subjects:
Online Access:https://www.rbtur.org.br/rbtur/article/view/2026
Description
Summary:A proliferação das comunidades virtuais aliada à recente popularização dos meios de hospedagem colaborativa no setor turístico oportunizou a consumação de experiências insólitas de hospitalidade que demandam alto grau de confiança dos viajantes. Este artigo buscou compreender como as revisões de hóspedes auxiliam na transmissão da confiança a outros usuários para novas reservas de estadias na plataforma Airbnb. Mediante abordagem qualitativa de cunho exploratório, empreendeu-se uma análise de conteúdo em 210 avaliações de hóspedes que viajaram para Fortaleza/CE, publicadas entre 2018 e 2019. O estudo inovou ao amparar-se nos determinantes da credibilidade de uma revisão on-line retratados na literatura acadêmica internacional (relevância, precisão, abrangência e atualidade) para a seleção dos comentários. Os resultados revelaram que, quanto ao anfitrião, os principais argumentos usados para propagar confiança foram a receptividade e a solicitude. Em relação ao espaço, destacaram-se localização, conforto e limpeza. No tocante as consequências da experiência, firmaram-se a propensão ao retorno e a recomendação. Observou-se também uma relação de convergência dos argumentos identificados com o sentimento de familiaridade e estar em casa que muitos hóspedes relataram. Surpreendentemente, a fidedignidade do espaço aos anúncios e a segurança do lugar – aspectos associados ao risco – não emergiram expressivamente nos discursos dos viajantes.
ISSN:1982-6125