<b>Uma abordagem gramsciana da práxis dos jesuítas como intelectuais no Brasil colonial
O presente trabalho pretende refletir sobre a ação do intelectual jesuíta, na perspectiva de Manuel da Nobrega, à luz do conceito de ‘intelectuais’ de Antonio Gramsci. Parte-se do pressuposto de que os padres jesuítas, como intelectuais orgânicos, foram determinantes para a concretização da hegemoni...
Main Authors: | , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Estadual de Maringá
2017-11-01
|
Series: | Acta Scientiarum: Education |
Subjects: | |
Online Access: | https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciEduc/article/view/30760 |
_version_ | 1811328620535218176 |
---|---|
author | Fábio Inácio Pereira Peri Mesquida |
author_facet | Fábio Inácio Pereira Peri Mesquida |
author_sort | Fábio Inácio Pereira |
collection | DOAJ |
description | O presente trabalho pretende refletir sobre a ação do intelectual jesuíta, na perspectiva de Manuel da Nobrega, à luz do conceito de ‘intelectuais’ de Antonio Gramsci. Parte-se do pressuposto de que os padres jesuítas, como intelectuais orgânicos, foram determinantes para a concretização da hegemonia colonizadora portuguesa. Para alcançar o objetivo proposto, foram utilizados: os Cadernos do cárcere de Antonio Gramsci, para discutir o conceito de intelectuais e a sua função orgânica nos grupos hegemônicos; e as Cartas do Brasil de Manuel da Nobrega, que expressou o compromisso do intelectual educador jesuíta com a política educacional da Coroa portuguesa no Brasil. Os textos foram interpretados criticamente e com foco na compreensão do papel que os jesuítas exerceram na formação de quadros a serviço da manutenção da hegemonia. A catequese e a formação indígenas, assim como a de quadros entre os filhos dos colonos, atenderam relativamente aos interesses de formação dos setores fundamentais da hegemonia colonial. Nos colégios, os filhos dos colonos compunham os setores dominantes da sociedade colonial, pois se formavam como intelectuais que ocupariam funções de quadros especializados da Companhia e, também, na administração em favor dos próprios interesses da Coroa para manter a cultura portuguesa.
|
first_indexed | 2024-04-13T15:29:14Z |
format | Article |
id | doaj.art-cfe89345c45d46fea0de0a7e3edd48b7 |
institution | Directory Open Access Journal |
issn | 2178-5198 2178-5201 |
language | English |
last_indexed | 2024-04-13T15:29:14Z |
publishDate | 2017-11-01 |
publisher | Universidade Estadual de Maringá |
record_format | Article |
series | Acta Scientiarum: Education |
spelling | doaj.art-cfe89345c45d46fea0de0a7e3edd48b72022-12-22T02:41:26ZengUniversidade Estadual de MaringáActa Scientiarum: Education2178-51982178-52012017-11-013910.4025/actascieduc.v39i0.3076017164<b>Uma abordagem gramsciana da práxis dos jesuítas como intelectuais no Brasil colonialFábio Inácio Pereira0Peri Mesquida1Pontifícia Universidade Católica do ParanáPontifícia Universidade Católica do ParanáO presente trabalho pretende refletir sobre a ação do intelectual jesuíta, na perspectiva de Manuel da Nobrega, à luz do conceito de ‘intelectuais’ de Antonio Gramsci. Parte-se do pressuposto de que os padres jesuítas, como intelectuais orgânicos, foram determinantes para a concretização da hegemonia colonizadora portuguesa. Para alcançar o objetivo proposto, foram utilizados: os Cadernos do cárcere de Antonio Gramsci, para discutir o conceito de intelectuais e a sua função orgânica nos grupos hegemônicos; e as Cartas do Brasil de Manuel da Nobrega, que expressou o compromisso do intelectual educador jesuíta com a política educacional da Coroa portuguesa no Brasil. Os textos foram interpretados criticamente e com foco na compreensão do papel que os jesuítas exerceram na formação de quadros a serviço da manutenção da hegemonia. A catequese e a formação indígenas, assim como a de quadros entre os filhos dos colonos, atenderam relativamente aos interesses de formação dos setores fundamentais da hegemonia colonial. Nos colégios, os filhos dos colonos compunham os setores dominantes da sociedade colonial, pois se formavam como intelectuais que ocupariam funções de quadros especializados da Companhia e, também, na administração em favor dos próprios interesses da Coroa para manter a cultura portuguesa. https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciEduc/article/view/30760educaçãoAntonio Gramscijesuítascolonizaçãointelectuais. |
spellingShingle | Fábio Inácio Pereira Peri Mesquida <b>Uma abordagem gramsciana da práxis dos jesuítas como intelectuais no Brasil colonial Acta Scientiarum: Education educação Antonio Gramsci jesuítas colonização intelectuais. |
title | <b>Uma abordagem gramsciana da práxis dos jesuítas como intelectuais no Brasil colonial |
title_full | <b>Uma abordagem gramsciana da práxis dos jesuítas como intelectuais no Brasil colonial |
title_fullStr | <b>Uma abordagem gramsciana da práxis dos jesuítas como intelectuais no Brasil colonial |
title_full_unstemmed | <b>Uma abordagem gramsciana da práxis dos jesuítas como intelectuais no Brasil colonial |
title_short | <b>Uma abordagem gramsciana da práxis dos jesuítas como intelectuais no Brasil colonial |
title_sort | b uma abordagem gramsciana da praxis dos jesuitas como intelectuais no brasil colonial |
topic | educação Antonio Gramsci jesuítas colonização intelectuais. |
url | https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciEduc/article/view/30760 |
work_keys_str_mv | AT fabioinaciopereira bumaabordagemgramscianadapraxisdosjesuitascomointelectuaisnobrasilcolonial AT perimesquida bumaabordagemgramscianadapraxisdosjesuitascomointelectuaisnobrasilcolonial |