Summary: | Analisamos as relações entre desordem institucional da política ambiental e ordenamento territorial capitalista, por meio de um estudo de caso qualitativo e exploratório-descritivo em Goiás (Brasil). Destacando o papel do Estado e apoiados na premissa de ocupação capitalista contraditória do território, procuramos pensar a política ambiental estadual como uma expressão da dialética ordem-desordem. O declínio orçamentário, a instabilidade e a retração institucional da política ambiental deram-se em um momento de expressiva expansão econômica e prolongado domínio político de uma frente de centro-direita e direita e pouco sensível às demandas ambientais. Enquanto expressão de relações de forças históricas, a política ambiental, embora marginal e errática, ganha relevância político-institucional ao viabilizar e legitimar a apropriação dos recursos naturais e a externalização de impactos e custos socioambientais segundo formas particulares de ordenamento capitalista.
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