Conceitos em sucessão ecológica

Entender a sucessão ecológica é importante, pois é assunto central na teoria ecológica e pode ser usado na conservação e exploração auto-sustentadas de recursos naturais e na recuperação de áreas degradadas. A sucessão ecológica é um processo espontâneo e natural que ocorre toda vez que um novo ambi...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Luiz Antonio Ferraz Matthes, Fernando Roberto Martins
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Floricultura e Plantas Ornamentais 1996-05-01
Series:Ornamental Horticulture
Subjects:
Online Access:https://ornamentalhorticulture.emnuvens.com.br/rbho/article/view/122
Description
Summary:Entender a sucessão ecológica é importante, pois é assunto central na teoria ecológica e pode ser usado na conservação e exploração auto-sustentadas de recursos naturais e na recuperação de áreas degradadas. A sucessão ecológica é um processo espontâneo e natural que ocorre toda vez que um novo ambiente é exposto. Nesse ambiente, cada vez mais espécies começam a se estabelecer e a se desenvolver, substituindo umas às outras, inicialmente numa taxa muito alta, depois diminuindo gradativamente, e por fim numa taxa muito baixa. O processo depende, de um lado, da disponibilidade de propágulos e de sítios de estabelecimento e, de outro, do desempenho de cada planta face às condições abióticas do sítio e às interações bióticas com outras espécies de plantas e animais. Esse trabalho faz uma revisão dos principais estudos práticos e teóricos sobre a sucessão ecológica, cujo desenvolvimento está polarizado entre o holismo e o reducionismo, o determinismo e o estocasticismo. Um conhecimento mínimo dos principais problemas e da literatura básica é essencial à consecução de novos estudos que possam contribuir para o desenvolvimento da teoria da sucessão ecológica. Um dos maiores problemas a limitar o desenvolvimento da teoria é a ausência de descritores adequados para classificar as espécies em tipos funcionais (grupos ecológicos). É possível que essa limitação decorra da falta de conhecimentos básicos sobre o ciclo de vida das espécies e de dificuldades metodológicas inerentes ao estudo de espécies com indivíduos de grandes tamanhos e longos ciclos de vida.
ISSN:2447-536X