Perfil fenotípico de resistência à colistina e tigeciclina em um hospital público no Brasil
Justificativa e objetivos: Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) causadas por bacilos Gram negativos multirresistentes (BGN-MDR) são consideradas um problema de saúde pública e um impacto nas taxas de mortalidade nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). O objetivo deste estudo foi veri...
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade de Santa Cruz do Sul
2020-01-01
|
Series: | Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção |
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Online Access: | https://online.unisc.br/seer/index.php/epidemiologia/article/view/13345 |
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author | Roseneide Campos Deglmann Débora de Oliveira Paulo Henrique Condeixa de França |
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description | Justificativa e objetivos: Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) causadas por bacilos Gram negativos multirresistentes (BGN-MDR) são consideradas um problema de saúde pública e um impacto nas taxas de mortalidade nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). O objetivo deste estudo foi verificar o perfil fenotípico de resistência à colistina e à tigeciclina, consideradas como último recurso terapêutico aos BGN-MDR. Métodos: Os dados foram coletados nas fichas de busca ativa do serviço de controle de infecções e prontuários médicos de pacientes internados em duas UTI de um hospital público de Joinville, entre janeiro de 2016 e junho de 2017. Resultados: Ocorreram 256 IRAS por BGN, acometendo principalmente o gênero masculino (62%), com mediana de idade de 65 anos. Entre os BGN, 37% expressaram MDR; sendo as espécies mais frequentes: Klebsiella pneumoniae (47%), Acinetobacter baumannii (23%) e Stenotrophomonas maltophilia (11%). A resistência de BGN-MDR a colistina e tigeciclina foi de 5% e de 12%, respectivamente; 5% dos isolados foram resistentes aos dois antibióticos. A taxa de óbito entre os pacientes com IRAS por BGN-MDR resistentes à colistina foi mais alta (60%) que aquelas à tigeciclina (45%). Conclusão: K. pneumoniae e A. baumannii produtores de carbapenemases, resistentes a colistina e tigeciclina prevaleceram entre os BGN-MDR, e estiveram associadas à maioria dos óbitos. Essas observações, junto com o alto uso de carbapenêmicos na terapia empírica, mostra a necessidade do uso racional de antimicrobianos. |
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publisher | Universidade de Santa Cruz do Sul |
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spelling | doaj.art-d1643861b4cc403abd225903cf61845d2022-12-21T22:39:53ZporUniversidade de Santa Cruz do SulRevista de Epidemiologia e Controle de Infecção2238-33602020-01-019410.17058/.v9i4.133456204Perfil fenotípico de resistência à colistina e tigeciclina em um hospital público no BrasilRoseneide Campos Deglmann0Débora de Oliveira1Paulo Henrique Condeixa de França2Universidade da Região de Joinville - UNIVILLEUniversidade da Região de Joinville - UNIVILLEUniversidade da Região de Joinville - UNIVILLEJustificativa e objetivos: Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) causadas por bacilos Gram negativos multirresistentes (BGN-MDR) são consideradas um problema de saúde pública e um impacto nas taxas de mortalidade nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). O objetivo deste estudo foi verificar o perfil fenotípico de resistência à colistina e à tigeciclina, consideradas como último recurso terapêutico aos BGN-MDR. Métodos: Os dados foram coletados nas fichas de busca ativa do serviço de controle de infecções e prontuários médicos de pacientes internados em duas UTI de um hospital público de Joinville, entre janeiro de 2016 e junho de 2017. Resultados: Ocorreram 256 IRAS por BGN, acometendo principalmente o gênero masculino (62%), com mediana de idade de 65 anos. Entre os BGN, 37% expressaram MDR; sendo as espécies mais frequentes: Klebsiella pneumoniae (47%), Acinetobacter baumannii (23%) e Stenotrophomonas maltophilia (11%). A resistência de BGN-MDR a colistina e tigeciclina foi de 5% e de 12%, respectivamente; 5% dos isolados foram resistentes aos dois antibióticos. A taxa de óbito entre os pacientes com IRAS por BGN-MDR resistentes à colistina foi mais alta (60%) que aquelas à tigeciclina (45%). Conclusão: K. pneumoniae e A. baumannii produtores de carbapenemases, resistentes a colistina e tigeciclina prevaleceram entre os BGN-MDR, e estiveram associadas à maioria dos óbitos. Essas observações, junto com o alto uso de carbapenêmicos na terapia empírica, mostra a necessidade do uso racional de antimicrobianos.https://online.unisc.br/seer/index.php/epidemiologia/article/view/13345resistência microbiana a medicamentos. colistina. infecção hospitalar. enterobacteriaceae. carbapenêmicos. |
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