Perda de tropeço: a igualdade como ponto de partida The stone of stumbling: equality as a starting point

Onde fixar, em terras brasileiras, a atualidade e a importância da aventura de O mestre ignorante? No ponto de partida, Jacotot havia colocado a igualdade, feita pedra de tropeço que descreve o estilo de diferentes trajetórias que o texto acaba por suscitar. No seio da "sociedade pedagogizada&q...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Lílian do Valle
Format: Article
Language:English
Published: Centro de Estudos Educação e Sociedade (CEDES) 2003-04-01
Series:Educação & Sociedade
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302003000100016
Description
Summary:Onde fixar, em terras brasileiras, a atualidade e a importância da aventura de O mestre ignorante? No ponto de partida, Jacotot havia colocado a igualdade, feita pedra de tropeço que descreve o estilo de diferentes trajetórias que o texto acaba por suscitar. No seio da "sociedade pedagogizada", a história da educação pública não pode ser dissociada do percurso totalmente excêntrico que veio descrevendo a exigência da igualdade política dos cidadãos. Sob as bases da desigualdade, nossas experiências educacionais vêm sendo construídas e, com elas, nossos ideais, nossas expectativas, nossas concepções acerca do ensinar, do aprender, do mestre, do aluno, do saber... Pedra de tropeço, a injunção à igualdade nos devolve às nossas práticas e instituições, a nossos modos de ser professor e de alimentar a ficção desigualitária. E se partir da igualdade significasse para o professor, por uma vez, partir... de sua própria realidade?<br>Where should we locate the actuality and importance of the adventure of The ignorant schoolmaster in the Brazilian experience? As a point of departure, Jacotot has established equality - a stumbling block that determines different reactions. Within the "pedagogized society", the history of public school cannot be dissociated from the eccentric path described by the demand for political equality of its citizens. Our educational experiences have been constructed on the basis of inequality and, together with them, our ideals, our expectations, our conceptions of teaching, learning, teacher, student, knowledge. As a stumbling stone, the injunction to produce equality returns us to our usual institutional practices, our received ways of being teachers, all of which merely feed our non-egalitarian fiction. But what if starting from equality meant for the teacher, for once, starting from... his own reality?
ISSN:0101-7330
1678-4626