Estamos felizes agora?

Quando lhe perguntam, “O que é felicidade?”, um filósofo como Santo Agostinho responde com uma visão total do mundo. Nós nos sentimos mais confortáveis com aquele homem que, quando lhe fazem tal pergunta, encolhe os ombros e diz, “Ei, se você tem que perguntar, você não entenderia a resposta.” Com...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: James F. O'Callaghan
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Maringá 2021-06-01
Series:Revista Espaço Acadêmico
Subjects:
Online Access:https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/59276
Description
Summary:Quando lhe perguntam, “O que é felicidade?”, um filósofo como Santo Agostinho responde com uma visão total do mundo. Nós nos sentimos mais confortáveis com aquele homem que, quando lhe fazem tal pergunta, encolhe os ombros e diz, “Ei, se você tem que perguntar, você não entenderia a resposta.” Com este último, nós achamos que sabemos o que significa ser feliz. Invocar a Deus e a natureza humana e tudo o mais nos torna impacientes e desconfortáveis e, bem, infelizes. O truque é não fazer perguntas mas simplesmente sermos felizes sem jamais termos um pensamento filosófico. Mas aí temos um problema do tipo “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.” Ao buscar as coisas que precisamos ou queremos em termos de educação ou trabalho, em relações humanas ou em assuntos sociais, nós nos chocamos contra questões sobre a boa vida ou a má vida, sobre a natureza do dever, da justiça e muito mais. Quando tentamos dormir nós descobrimos que nos tornamos filósofos e teólogos, sempre pensando pensamentos lúgubres sobre a morte e o destino.
ISSN:1519-6186