A VALORIZAÇÃO DA IDENTIDADE DA CRIANÇA E NEGRA DESDE A EDUCAÇÃO INFANTIL

Nesta pesquisa partimos do conceito de raça, compreendida como uma construção social, política e cultural fruto de relações sociais desiguais de poder, compreendemos a criança como sujeito histórico e de direitos que vai construindo a sua identidade nas interações, relações e práticas cotidianas e r...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Tarcia Regina Silva
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Fundação Joaquim Nabuco 2018-04-01
Series:Cadernos de Estudos Sociais
Subjects:
Online Access:https://fundaj.emnuvens.com.br/CAD/article/view/1701
Description
Summary:Nesta pesquisa partimos do conceito de raça, compreendida como uma construção social, política e cultural fruto de relações sociais desiguais de poder, compreendemos a criança como sujeito histórico e de direitos que vai construindo a sua identidade nas interações, relações e práticas cotidianas e recorremos à utilização do conceito de diferença, pois ela tem sido associada, sobretudo, às relações de poder e autoridade que geram desigualdades, bem como, reconhecemos a luta no espaço escolar para o combate a todas as formas de preconceito e discriminação em consonância com a Educação em Direitos Humanos. Nesse contexto, anuímos que desde a Educação Infantil as práticas pedagógicas podem fomentar uma cultura de respeito recíproco e de convivência entre todos os grupos étnico-raciais, como também culturais e religiosos, entre outros. Nesse cenário, este artigo tem como objetivo geral: estimular a valorização da diversidade étnico-racial e como objetivos específicos: conhecer as percepções das crianças sobre a questão racial; valorizar a estética da criança e negra; e, desenvolver práticas de respeito à diferença. Foi desenvolvido numa turma com dezoito crianças de 3 a 4 anos do município de Garanhuns através da pesquisa-ação motivada pelo fato das crianças serem proibidas de utilizarem na escola o cabelo solto. Os dados evidenciaram que o corpo e o cabelo das crianças e negras, seus elementos identitários, não são valorizados no espaço escolar visibilizando a necessidade de que as práticas pedagógicas os reconheçam como tal, bem como, busquem o rompimento com a colonialidade.
ISSN:0102-4248
2595-4091