Summary: | Este artigo estuda o papel da Comarca de Ilhéus enquanto palco da formulação de políticas da Coroa portuguesa para a flora colonial local, na transição do século XVIII para o XIX. Entendendo a ciência moderna como um instrumento de dominação colonial, verificamos que a Botânica assumiu um papel central no mundo Ultramarino português, servindo como potencializador da exploração dos recursos naturais no horizonte colonial. Na Comarca de Ilhéus é possível encontrar um corpo técnico de funcionários-naturalistas que desenvolveram com relativa singularidade e perícia na Filosofia Natural as funções como agentes da Coroa. Citamos o Ouvidor da Comarca de Ilhéus, Francisco Nunes da Costa; o naturalista Manoel Ferreira da Câmara Bittencourt e Sá; o Capitão de Infantaria, Domingo Alves Branco Muniz Barreto; o Juiz Conservador da Matas, Baltasar da Silva Lisboa; o Juiz de Fora da Vila de Cachoeira, Joaquim de Amorim Castro e; o filósofo José de Sá Bittencourt e Accioli.
|