NÃO É NINGUÉM, É O PROFESSOR! SOBRE A FIGURA DOCENTE E O SEU OFÍCIO
RESUMO: O presente artigo visa examinar de que modo os esforços empreendidos no sentido de substituir a pessoalidade da ação docente pela tecnicidade impessoal de sua atividade afetam o professor e o ofício docente. O discurso de tecnicização da educação, discurso estruturado em torno de uma pretend...
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Universidade Federal de Minas Gerais
2024-02-01
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author | CAROLINE FANIZZI JOSÉ SÉRGIO FONSECA DE CARVALHO |
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description | RESUMO: O presente artigo visa examinar de que modo os esforços empreendidos no sentido de substituir a pessoalidade da ação docente pela tecnicidade impessoal de sua atividade afetam o professor e o ofício docente. O discurso de tecnicização da educação, discurso estruturado em torno de uma pretendida completude, centralidade e autonomia da dimensão técnica e metodológica do educar, concebe a educação como uma atividade que prescinde da presença de um alguém, de um sujeito a quem se faz possível o usufruto de um lugar de ação e enunciação. O que resta ao ofício docente diante dos esforços que visam reduzi-lo a uma atividade guiada pela lógica da produção fabril, marcada pela repetição automatizada de processos que independem da unicidade e pessoalidade daquele que a realiza? Estaria essa condição relacionada a queixas, adoecimentos, sentimentos de desvalorização e impotência frequentemente enunciados pelos professores? O exame desses questionamentos será feito à luz de uma fenomenologia das atividades humanas, tal como a concebe Hannah Arendt, e de escritos que buscam compreender a educação a partir dos aportes da psicanálise. |
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spelling | doaj.art-d202e14415c74bec80f9d0f5c3cdb5212024-02-27T07:39:46ZengUniversidade Federal de Minas GeraisEducação em Revista1982-66212024-02-014010.1590/0102-4698-38360NÃO É NINGUÉM, É O PROFESSOR! SOBRE A FIGURA DOCENTE E O SEU OFÍCIOCAROLINE FANIZZIhttps://orcid.org/0000-0001-6150-063XJOSÉ SÉRGIO FONSECA DE CARVALHOhttps://orcid.org/0000-0002-0074-0872RESUMO: O presente artigo visa examinar de que modo os esforços empreendidos no sentido de substituir a pessoalidade da ação docente pela tecnicidade impessoal de sua atividade afetam o professor e o ofício docente. O discurso de tecnicização da educação, discurso estruturado em torno de uma pretendida completude, centralidade e autonomia da dimensão técnica e metodológica do educar, concebe a educação como uma atividade que prescinde da presença de um alguém, de um sujeito a quem se faz possível o usufruto de um lugar de ação e enunciação. O que resta ao ofício docente diante dos esforços que visam reduzi-lo a uma atividade guiada pela lógica da produção fabril, marcada pela repetição automatizada de processos que independem da unicidade e pessoalidade daquele que a realiza? Estaria essa condição relacionada a queixas, adoecimentos, sentimentos de desvalorização e impotência frequentemente enunciados pelos professores? O exame desses questionamentos será feito à luz de uma fenomenologia das atividades humanas, tal como a concebe Hannah Arendt, e de escritos que buscam compreender a educação a partir dos aportes da psicanálise.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-46982024000100216&tlng=ptofício docentetecnicização da educaçãoHannah Arendtfilosofia da educaçãopsicanálise na educação |
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