Panorama Atual do Diagnóstico de Morte Encefálica no Brasil: Papel da Ultrassonografia Doppler Transcraniana

A Ultrassonografia Doppler Transcraniana (UDTC) compreende uma ferramenta imprescindível para o fechamento de protocolo de morte encefálica (ME) devido à sua praticidade e baixo custo. No Brasil é utilizado na maioria dos centros de organização de procura de órgãos (OPO) para este fim. A avaliação...

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Main Authors: Mauricio A Barros, Iruena Moraes Kessler
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Transplante de Órgãos 2023-04-01
Series:Brazilian Journal of Transplantation
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Online Access:https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/502
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Iruena Moraes Kessler
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description A Ultrassonografia Doppler Transcraniana (UDTC) compreende uma ferramenta imprescindível para o fechamento de protocolo de morte encefálica (ME) devido à sua praticidade e baixo custo. No Brasil é utilizado na maioria dos centros de organização de procura de órgãos (OPO) para este fim. A avaliação da importância do mesmo no diagnóstico de ME no Brasil nos dias atuais constitui o principal escopo deste trabalho. Objetivos: análise de resultados de UDTC de uma série de 100 pacientes consecutivos com diagnóstico clínico de ME, com cálculo de sensibilidade e intervalos de tempo para fechamento de protocolos. Avaliação das variáveis sexo, idade, doenças causadoras do óbito e presença de cirurgias cranianas descompressivas em relação ao tempo até o óbito. Métodos: avaliação de tomografias computadorizadas, exames de UDTC e prontuários de pacientes em protocolo de ME com análise estatística da amostra. Resultados: foram avaliados 145 exames de UDTC em 100 pacientes (62% masculino). Espículas sistólicas foram encontradas em 40,1%, velocidade de fluxo reduzida em 12,9%, reversão diastólica em 8,3%, ausência de fluxo em 5,2% e fluxo normal em 3,5%. A sensibilidade variou de 69% a 90,5% quando repetido em série. O tempo médio para completar os protocolos foi de 35,4 h (DP=±48,2h), com a maioria (59,5%) em até 24h. Não houve correlação estatisticamente significativa entre o sexo, idade ou variáveis diagnósticas, presença de craniectomia descompressiva e o tempo até o óbito. Conclusão: a maioria das UDTC confirmou o status de ME, mas pequena porcentagem (9,5%) não concluiu o diagnóstico, atrasando o protocolo nesses casos.  
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