Summary: | O presente artigo propõe rediscutir a pergunta que foi feita a Pierre Bourdieu em 1978: “como aborda o sociólogo o problema dos jovens?” Nesse viés, dá-se destaque à categoria juventude como uma construção histórico-social, ao mesmo tempo que trata os jovens como atores e sujeitos sociais em destaque nas análises sociológicas, especialmente a partir da segunda metade do século XX. O percurso teórico-metodológico proposto na abordagem deste artigo visa também tensionar com o título do capítulo em que Pierre Bourdieu responde à referida pergunta, visando desta maneira demonstrar que a juventude não é apenas uma palavra, apesar de reconhecermos que os limites da categoria juventude são relativamente nebulosos e que, sendo assim, possuem uma relativa invertebralidade. Todavia, amparados em uma Sociologia da Juventude, especialmente a partir de Margulis e Urresti (1996), Calvo (2005) e Bittencourt (2013), é possível destacar dentro de uma perspectiva sociológica alguns atributos que trazem identidade, distinção e materialidade à categoria, tais como: condição de latência social, emancipação das relações coletivas e protagonismo político-histórico-social.
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