Summary: | Este artigo discute as estratégias de Heitor Villa-Lobos na orquestração da canção Oração ao Diabo, de Alberto Nepomuceno. Após uma análise descritiva, procurou-se relacionar os estilos e as características idiomáticas dos dois compositores observadas na orquestração desta peça para canto e piano. Comparando-se as idiossincrasias da orquestração de Villa-Lobos nesta peça, com o estilo de Nepomuceno em outras obras orquestrais, é possível inferir que Villa-Lobos não buscou reproduzir o estilo de orquestração de Nepomuceno. Não obstante, também não se reconhece a plena autonomia do estilo maduro villa-lobiano. Prevalece um certo grau de neutralidade acadêmica que nos permite identificar a escolha de soluções universais e formalistas por parte de Villa-Lobos. Isto contrasta com as avaliações costumeiras de que ele foi um orquestrador exótico que desdenhava das técnicas aprendidas no estudo acadêmico.
Palavras-chave: Nepomuceno. Villa-Lobos. Orquestração.
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