Summary: | O presente ensaio analisa a novela de Miguel Riofrío, intitulada "La Emancipada", considerada uma das primeiras obras latino-americanas a explorar as temáticas de gênero, indigenismo e emancipação no século XIX. Utilizando a teoria crítica da sociedade e a Teoria Estética de Theodor Adorno como fundamentos teóricos, este estudo se desdobra em duas etapas; primeiramente, uma análise sobre os momentos de verdade da obra em sua relação com contexto sociocultural; em seguida, um momento interpretativo que destaca os principais antagonismos da sociedade que se desenrolam ao longo da narrativa, com foco em elementos dissonantes, críticos e utópicos. O ensaio também salienta os ideais de emancipação da mulher e do índio na sociedade equatoriana, consolidando-se como um marco vanguardista na formação cultural do Equador do século XIX. Por meio dessa análise, busca-se contribuir para uma compreensão mais profunda das complexidades da literatura e da formação cultural crítica na América Latina do século XIX.
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