Densidade mamográfica em mulheres climatéricas em uso de terapia de reposição hormonal Mammographic parenchymal pattern in climacteric women receiving hormone replacement therapy

OBJETIVOS: avaliar a densidade mamográfica antes e após um ano de terapia de reposição hormonal. METODOLOGIA: participaram 70 mulheres climatéricas, admitidas em Ambulatório do Climatério. As pacientes usaram, regularmente, a TRH estrogênica ou estroprogestativa por um ano, possuíam uma mamografia b...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Herberth Régis de Araújo, Laura Olinda Bregieiro Fernandes Costa, Norma Médicis Maranhão Miranda, Márcia Cristina Ramos Colares
Format: Article
Language:English
Published: Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia 2004-01-01
Series:Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032004000700009
Description
Summary:OBJETIVOS: avaliar a densidade mamográfica antes e após um ano de terapia de reposição hormonal. METODOLOGIA: participaram 70 mulheres climatéricas, admitidas em Ambulatório do Climatério. As pacientes usaram, regularmente, a TRH estrogênica ou estroprogestativa por um ano, possuíam uma mamografia basal e, outra após um ano de TRH. Os esquemas de TRH possuíam a mesma bioequivalência hormonal. Foram avaliados: a densidade mamográfica antes e após um ano de TRH, faixa etária, estado da função ovariana, índice de massa corporal, relação cintura/quadril, e o tabagismo. A densidade mamográfica foi avaliada segundo BI-RADS do Colégio Americano de Radiologia (1998), e classificada em: A) mamas inteiramente lipossubstituídas, B) mamas lipossubstituídas com parênquima glandular disperso, C) mamas heterogeneamente densas e D) mamas extremamente densas. Foi proposta subdivisão das categorias em A e A1, B e B1, C e C1, D e D1, às quais atribuiram-se escores iniciais (antes da TRH) e finais (após um ano de TRH), que variaram de 1 a 8, respectivamente. Foram computadas as proporções de mulheres que mostraram aumento, diminuição ou não modificaram a densidade mamográfica, após 1 ano de TRH. Além disso, calcularam-se variações nos escores iniciais e após um ano de TRH, utilizando-se o teste t pareado do SPSS. RESULTADOS: a densidade mamográfica aumentou em 22,9%, diminuiu em 7,1; e em 70% permaneu inalterada. Constatamos diferença nas médias dos escores basal (2,2 ± 1,82) e após um ano da TRH (2,5 ± 1,9) (p = 0.019). A relação cintura/quadril foi significativamente maior (0,87) nas mulheres que mostraram aumento da densidade mamográfica, quando comparadas àquelas que mostraram diminuição ou não alteraram a densidade mamográfica (0,82), após um ano de TRH. CONCLUSÕES: a TRH, após um ano de uso, pode aumentar a densidade mamográfica, principalmente em mulheres com distribuição da gordura corporal tipo androgênica.<br>PURPOSE: to measure changes and predictors of changes in mammographic density of climacteric women, before and one year after hormone replacement therapy. METHODS: seventy climacteric women of 45 years or more participated in the study. They were followed-up at a Climacteric Outpatient Service. All of them used regularly either estrogenic or estroprogestative HRT for one year. They were submitted to one basal mammography and another at the end of the first year. HRT schedules could be different from each other, although with the same bioequivalence. Mammographic density was evaluated blindly at the beginning and at the end of the treatment. Age, ovarian function, time since menopause, body mass index, waist/hip ratio, age at menarche, age at first pregnancy, and smoking were evaluated as well. Mammographic density was classified according to the American College of Radiology BI-RADS system into one of the following four parenchymal patterns: A) entirely liposubstituted breasts, B) liposubstituted breasts with disperse glandular parenchyma, C) heterogeneously dense breasts, and D) extremely dense breasts. We proposed a subdivision of each category in to A e A1, B e B1, C and C1, D and D1 in order to identify smaller variations in mammographic density. Therefore, we attributed initial and final scores of 1-8 to each of the patients according to the mammographic density before and after HRT, corresponding to categories A to D1. The proportions of women that presented increase, decrease and no variation in mammographic density after 1 year of HRT were calculated. In addition, we estimated initial to final score variation using the paired t-test of the Statistical Package for Social Sciences (SPSS). RESULTS: mammographic density increased in 22.9%, decreased in 7.1% and did not change in 70% of the studied cases. A significant difference was observed between the score means before (2.2±1.82) and after HRT (2.5±1.9) (p=0.019). The androgenic distribution of body fat was associated with a denser mammographic pattern. CONCLUSIONS: an increase in mammographic density was shown in women undergoing HRT, and was most pronounced in women with androgenic fat distribution. Additional studies must be carried out in order to evaluate if this increment in mammographic density could impair the mammographic screening of breast cancer.
ISSN:0100-7203