Tupi or not tupi A dialética da «ninguendade» no cinema brasileiro
Este artigo analisa os fi lmes Macunaíma (1969) e Garrincha, alegria do povo (1963), de Joaquim Pedro de Andrade. A antropofagia oswaldiana, materializada no aforismo do título (Manifesto Antropófago, de 1928), e a «ninguendade», noção oposta ao sentido de identidade, enunciada por Darcy Ribeiro em...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade de São Paulo
2008-04-01
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Series: | Matrizes |
Online Access: | https://www.revistas.usp.br/matrizes/article/view/38200 |
Summary: | Este artigo analisa os fi lmes Macunaíma (1969) e Garrincha, alegria do povo (1963), de Joaquim Pedro de Andrade. A antropofagia oswaldiana, materializada no aforismo do título (Manifesto Antropófago, de 1928), e a «ninguendade», noção oposta ao sentido de identidade, enunciada por Darcy Ribeiro em sua obra O povo brasileiro (1995), são as idéias que orientam a leitura dessas obras. Ambas remetem de forma crítica ao problema ontológico ou essencialista, que parece escapar sempre que se quer apreender numa totalidade, o que delimitaria em uma comunidade a multiplicidade própria da sociedade brasileira. As obras retratam, na escolha de seus personagens, os caracteres (ou a falta deles) que (de)compõem a face da «ninguendade» brasileira.
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ISSN: | 1982-2073 1982-8160 |