Prazer e sofrimento de psicólogos no trabalho em empresas privadas

Este artigo visa a problematizar as vivências de psicólogos que trabalham em empresas privadas. Discutem-se suas práticas profissionais, experiências associadas ao prazer e ao sofrimento em seu cotidiano e concepções teóricas que embasam seu trabalho. Trata-se de um estudo qualitativo, no qual se ut...

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Bibliographic Details
Main Authors: Patrícia Costa da Silva, Álvaro Roberto Crespo Merlo
Format: Article
Language:English
Published: Conselho Federal de Psicologia
Series:Psicologia: Ciência e Profissão
Subjects:
Online Access:http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932007000100011&lng=en&tlng=en
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author Patrícia Costa da Silva
Álvaro Roberto Crespo Merlo
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description Este artigo visa a problematizar as vivências de psicólogos que trabalham em empresas privadas. Discutem-se suas práticas profissionais, experiências associadas ao prazer e ao sofrimento em seu cotidiano e concepções teóricas que embasam seu trabalho. Trata-se de um estudo qualitativo, no qual se utilizou, como procedimento, a realização de entrevistas semi-estruturadas com dez psicólogos assalariados de empresas privadas de Porto Alegre e Grande Porto Alegre. Teve-se, como referenciais teóricos principais, a psicodinâmica do trabalho, a abordagem da subjetividade e trabalho e, para a análise das entrevistas, foi utilizada a análise de conteúdo. Os resultados indicam que os profissionais têm como atividades prioritárias as ligadas à Psicologia organizacional. Não foram encontrados casos em que eles interviessem na visão institucional ou tivessem ações ligadas à saúde mental de trabalhadores. Suas falas sugerem serem psicólogos com estilo dinâmico de trabalho, revelam certo "apaixonamento" pelo mesmo, acreditam na sua atuação e apreciam suas atividades ligadas ao desenvolvimento de pessoas na organização. Sentem-se satisfeitos com o reconhecimento das pessoas e por ter espaço para atuar conforme acreditam. Suas fontes de sofrimento são a carga excessiva de trabalho, os possíveis conflitos entre os valores da empresa e os pessoais, os cerceamentos da organização, a falta de reconhecimento e sua percepção de que pertencem a uma categoria profissional desprovida de força.
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