ANÁLISE TEMPORAL DA TUBERCULOSE NO SISTEMA PRISIONAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ENTRE 2017 A 2022
Introdução: A tuberculose é uma doença altamente transmissível, que se difunde facilmente em ambientes confinados e com ventilação inadequada, como é comum nos presídios. A análise temporal é fundamental para compreender as tendências e padrões das doenças ao longo do tempo e identificar fatores de...
Main Authors: | , , , , , , , , , , , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Elsevier
2023-10-01
|
Series: | Brazilian Journal of Infectious Diseases |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867023008656 |
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author | Francyelson Lobato Sena Vanessa Moreira da Silva Soeiro Agnes Maria Couto da Silva Kelven Ferreira dos Santos Thais da Silva Soares Raieny Delfino Fonseca Eduardo Carvalheira Netto Lucimar Santos Salgado Victoria Iacono Casarin Olivo Helen Byanca Sousa Carvalho Priscila Muzy Leal Maria Paula Sales Pettersen Manoel Julyanna Godlesky Sobrinho dos Santos |
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description | Introdução: A tuberculose é uma doença altamente transmissível, que se difunde facilmente em ambientes confinados e com ventilação inadequada, como é comum nos presídios. A análise temporal é fundamental para compreender as tendências e padrões das doenças ao longo do tempo e identificar fatores de risco que possam subsidiar intervenções no sistema prisional do estado do Rio de Janeiro. Nesse sentido, o trabalho teve como objetivo analisar o comportamento temporal da tuberculose no sistema prisional do estado do Rio de Janeiro entre 2017 a 2022. Métodos: Estudo ecológico de série temporal dos casos de tuberculose ocorridos no sistema prisional do estado Rio de Janeiro e notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Estado do Rio de Janeiro (SINAN-RJ) entre 2017 a 2022. Utilizou-se o modelo de regressão linear generalizada de Prais-Winsten para estudo de tendência e o algoritmo Error, Trend, Seasonal (ETS), ou modelo de suavização exponencial, para estudo da projeção dos casos para os próximos anos com intervalo de confiança de 95%. Foram utilizados os softwares Excel®2019 e Stata 16 para organização, cálculos e análise estatística. Resultados: Entre 2017 e 2022 foram diagnosticados 10.788 casos de tuberculose nas unidades prisionais do Rio de Janeiro, destes, 8.563 eram casos novos e 1.858 casos de retratamento. Ao realizar a distribuição temporal se observou um comportamento contínuo da curva entre 2017 (1.466) e 2018 (1.483), seguido por um aumento em 2019 (2.232 casos diagnosticados); nos anos de 2020 (1.785), 2021 (1.971) e 2022 (1.851) houve uma redução no número de diagnóstico em comparação com 2019. Quanto a tendência, observou-se estacionariedade no decorrer da série histórica (p-valor = 0,132). Ao avaliar a projeção dos casos foi possível calcular uma previsão de 2.296 casos em 2023, 2.001 em 2024 e 2.471 em 2025, demonstrando número de casos ainda expressivo para os próximos anos e alertando para necessidades de medidas para contenção da tuberculose nos ambientes carcerários. Conclusão: Os dados mostram que as medidas de controle e prevenção da tuberculose não foram suficientes para modificar a curva de casos em uma série histórica. A tuberculose no sistema prisional exige estratégias direcionadas com abordagem abrangente e integrada que visem garantir o diagnóstico precoce, tratamento adequado e a interrupção da cadeia de transmissão, favorecendo o controle da doença nos ambientes carcerários e na população geral. |
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