O PÊNDULO GUARANI

Resumo: Entre as modulações do conceito de tekoha, polarizaram os que entendem como a projeção de uma categoria nativa de organização do espaço e da vida das comunidades guarani; e, do outro, os que acusam uma a-historicidade desse entendimento, que não contemplaria a dimensão reivindicatória da dem...

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Bibliographic Details
Main Author: Bruno Martins Morais
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de Brasília 2018-08-01
Series:Revista Abya Yala
Online Access:http://periodicos.unb.br/index.php/abya/article/view/13067
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description Resumo: Entre as modulações do conceito de tekoha, polarizaram os que entendem como a projeção de uma categoria nativa de organização do espaço e da vida das comunidades guarani; e, do outro, os que acusam uma a-historicidade desse entendimento, que não contemplaria a dimensão reivindicatória da demarcação dos territórios indígenas diante do Estado Nacional. Neste artigo, repiso os termos desse debate para requalificar os tekoha como “territórios-memória” a partir da caracterização de um acampamento de retomada Kaiowá e Guarani no Mato Grosso do Sul – o tekoha Apyka’i, chefiado por Dona Damiana. Diante de uma etnografia desse acampamento, o conceito de “territórios-memória” aparece com a potência de superar essa aparente dicotomia, e avançar na tradução dessas contradições em que se inscreve a vida de um povo. Guardo a esperança de que se possa, ao final, haver experimentado em parte o fino exercício de crítica histórica que permite os Kaiowá e Guarani modular as concepções de sua territorialidade entre diferentes registros, em uma absoluta indiferença ao constrangimento da teoria antropológica. Palavras-chave: memória, territorialidade, direitos, guarani, teoria antropológica
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spelling doaj.art-d59f1eebc4d4476882d6044d67b638162022-12-22T03:04:37ZengUniversidade de BrasíliaRevista Abya Yala2526-66752018-08-012212113910.26512/abya-yala.v2i2.1306713067O PÊNDULO GUARANIBruno Martins Morais0Centro de Trabalho IndigenistaResumo: Entre as modulações do conceito de tekoha, polarizaram os que entendem como a projeção de uma categoria nativa de organização do espaço e da vida das comunidades guarani; e, do outro, os que acusam uma a-historicidade desse entendimento, que não contemplaria a dimensão reivindicatória da demarcação dos territórios indígenas diante do Estado Nacional. Neste artigo, repiso os termos desse debate para requalificar os tekoha como “territórios-memória” a partir da caracterização de um acampamento de retomada Kaiowá e Guarani no Mato Grosso do Sul – o tekoha Apyka’i, chefiado por Dona Damiana. Diante de uma etnografia desse acampamento, o conceito de “territórios-memória” aparece com a potência de superar essa aparente dicotomia, e avançar na tradução dessas contradições em que se inscreve a vida de um povo. Guardo a esperança de que se possa, ao final, haver experimentado em parte o fino exercício de crítica histórica que permite os Kaiowá e Guarani modular as concepções de sua territorialidade entre diferentes registros, em uma absoluta indiferença ao constrangimento da teoria antropológica. Palavras-chave: memória, territorialidade, direitos, guarani, teoria antropológicahttp://periodicos.unb.br/index.php/abya/article/view/13067
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