COLONIZAÇÃO NASAL POR STAPHYLOCOCCUS AUREUS RESISTENTES À METICILINA ENTRE PACIENTES ATENDIDOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DURANTE UM PERÍODO DE SEIS ANOS: UMA ANÁLISE RETROSPECTIVA
Introdução/Objetivo: Staphylococcus aureus é um dos principais patógenos humanos e cerca de 30% da população encontra-se colonizada, sendo a colonização nasal por cepas resistentes à Meticilina (MRSA) um fator de risco para desenvolvimento de infecções estafilocócicas. Este estudo visou observar a o...
Main Authors: | , , , , , , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Elsevier
2023-10-01
|
Series: | Brazilian Journal of Infectious Diseases |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867023006050 |
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author | João Manoel Lopes de Lima Barbara Barreto Corrêa Giovanna Groult da Silva Caroline Conceição Araújo Beatriz Correa Rodriguez Gabriela Dutra Cardozo Douglas Guedes Ferreira Raiane Cardoso Chamon |
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description | Introdução/Objetivo: Staphylococcus aureus é um dos principais patógenos humanos e cerca de 30% da população encontra-se colonizada, sendo a colonização nasal por cepas resistentes à Meticilina (MRSA) um fator de risco para desenvolvimento de infecções estafilocócicas. Este estudo visou observar a ocorrência da colonização nasal por cepas MRSA em indivíduos adultos atendidos em um Hospital Universitário do Rio de Janeiro de forma retrospectiva e identificar o isolamento posterior de S. aureus em outros materiais clínicos oriundos dos pacientes previamente colonizados. Métodos: Avaliamos laudos diagnósticos com cultura de vigilância para colonização nasal positiva para MRSA, entre 2017 e 2022, verificando o isolamento posterior (até 90 dias) do patógeno em amostras clínicas (hemocultura, secreções e urina) de indivíduos adultos colonizados. Resultados: Foram processados 11701 swabs nasais, sendo 631 positivos para MRSA de 427 indivíduos (taxa de 5,4% de isolamento), com uma maior taxa no ano de 2020 (9%). O setor de emergência apresentou um aumento no isolamento de cepas MRSA ao longo dos anos (p-valor <0,05). 8% dos indivíduos (n=34) tiveram isolamento posterior de S. aureus em amostras de hemocultura (44%), seguido de secreções respiratórias (26%) e de pele e partes moles (14%). Todas as amostras clínicas foram caracterizadas como MRSA, com altas taxas de resistência a eritromicina (73%) e clindamicina (50%). Uma amostra foi resistente à tigeciclina e outra a ceftaroline, apesar de todas serem sensíveis à daptomicina, linezolida e vancomicina. Foram avaliados prontuários de 32 indivíduos. A maioria tinha idade >61 anos (53%), se autodeclaravam pardos (44%) e pertenciam ao sexo masculino (69%), estes apresentaram maior faixa etária (p-valor<0,05). A hipertensão arterial (81%) e diabetes mellitus (56%) foram as comorbidades prévias mais frequentes. Dentre os pacientes que foram a óbito na internação ou até 90 dias após, a maioria tinha idade >61 anos. Conclusão: O hospital de estudo apresenta uma alta taxa de indivíduos colonizados por cepas MRSA e a pandemia de SARS-CoV 2 pode ter contribuído para um aumento da colonização nasal, principalmente entre indivíduos atendidos no serviço de emergência. Apenas 8% dos indivíduos colonizados apresentaram isolamento de S. aureus em outros materiais clínicos, sendo todas as amostras foram caracterizadas como MRSA, o que confirma a importância da vigilância das taxas de colonização nasal por este patógeno. |
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spelling | doaj.art-d5b440e526bd4d02aebeadbecd0a668f2023-11-16T06:08:13ZengElsevierBrazilian Journal of Infectious Diseases1413-86702023-10-0127103345COLONIZAÇÃO NASAL POR STAPHYLOCOCCUS AUREUS RESISTENTES À METICILINA ENTRE PACIENTES ATENDIDOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DURANTE UM PERÍODO DE SEIS ANOS: UMA ANÁLISE RETROSPECTIVAJoão Manoel Lopes de Lima0Barbara Barreto Corrêa1Giovanna Groult da Silva2Caroline Conceição Araújo3Beatriz Correa Rodriguez4Gabriela Dutra Cardozo5Douglas Guedes Ferreira6Raiane Cardoso Chamon7Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, Brasil; Corresponding author.Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, BrasilUniversidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, BrasilUniversidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, BrasilUniversidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, BrasilUniversidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, BrasilHospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), Niterói, RJ, BrasilUniversidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, BrasilIntrodução/Objetivo: Staphylococcus aureus é um dos principais patógenos humanos e cerca de 30% da população encontra-se colonizada, sendo a colonização nasal por cepas resistentes à Meticilina (MRSA) um fator de risco para desenvolvimento de infecções estafilocócicas. Este estudo visou observar a ocorrência da colonização nasal por cepas MRSA em indivíduos adultos atendidos em um Hospital Universitário do Rio de Janeiro de forma retrospectiva e identificar o isolamento posterior de S. aureus em outros materiais clínicos oriundos dos pacientes previamente colonizados. Métodos: Avaliamos laudos diagnósticos com cultura de vigilância para colonização nasal positiva para MRSA, entre 2017 e 2022, verificando o isolamento posterior (até 90 dias) do patógeno em amostras clínicas (hemocultura, secreções e urina) de indivíduos adultos colonizados. Resultados: Foram processados 11701 swabs nasais, sendo 631 positivos para MRSA de 427 indivíduos (taxa de 5,4% de isolamento), com uma maior taxa no ano de 2020 (9%). O setor de emergência apresentou um aumento no isolamento de cepas MRSA ao longo dos anos (p-valor <0,05). 8% dos indivíduos (n=34) tiveram isolamento posterior de S. aureus em amostras de hemocultura (44%), seguido de secreções respiratórias (26%) e de pele e partes moles (14%). Todas as amostras clínicas foram caracterizadas como MRSA, com altas taxas de resistência a eritromicina (73%) e clindamicina (50%). Uma amostra foi resistente à tigeciclina e outra a ceftaroline, apesar de todas serem sensíveis à daptomicina, linezolida e vancomicina. Foram avaliados prontuários de 32 indivíduos. A maioria tinha idade >61 anos (53%), se autodeclaravam pardos (44%) e pertenciam ao sexo masculino (69%), estes apresentaram maior faixa etária (p-valor<0,05). A hipertensão arterial (81%) e diabetes mellitus (56%) foram as comorbidades prévias mais frequentes. Dentre os pacientes que foram a óbito na internação ou até 90 dias após, a maioria tinha idade >61 anos. Conclusão: O hospital de estudo apresenta uma alta taxa de indivíduos colonizados por cepas MRSA e a pandemia de SARS-CoV 2 pode ter contribuído para um aumento da colonização nasal, principalmente entre indivíduos atendidos no serviço de emergência. Apenas 8% dos indivíduos colonizados apresentaram isolamento de S. aureus em outros materiais clínicos, sendo todas as amostras foram caracterizadas como MRSA, o que confirma a importância da vigilância das taxas de colonização nasal por este patógeno.http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867023006050Colonização nasalMRSAInfecção |
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