Segregação ocupacional e diferenciais de renda por gênero e raça no Brasil: uma análise de grupos etários
Resumo Nos últimos 30 anos, o Brasil consolidou aspectos da mudança estrutural no mercado de trabalho referentes à modernização ocupacional, participação feminina e expansão do ensino superior. Nesse sentido, coortes mais jovens se inserem em um contexto distinto daqueles presenciados em décadas pas...
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Associação Brasileira de Estudos Populacionais
2021-07-01
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description | Resumo Nos últimos 30 anos, o Brasil consolidou aspectos da mudança estrutural no mercado de trabalho referentes à modernização ocupacional, participação feminina e expansão do ensino superior. Nesse sentido, coortes mais jovens se inserem em um contexto distinto daqueles presenciados em décadas passadas. Logo, este artigo tem como objetivo medir a variação da segregação ocupacional e a disparidade salarial por gênero e raça em três grupos etários. Assim, questiona-se: a segregação ocupacional por gênero e raça é menor entre os mais jovens? Isso se reflete em menor desigualdade salarial? Tais perguntas são analisadas por meio de índices de segregação e decomposições salariais com base na PNAD 2015 para uma amostra de pessoas com ensino superior completo. Os resultados apontam menor desigualdade entre os mais jovens, mas ainda deixam dúvidas se são efeitos de idade ou coorte. Para isso, uma segunda análise compara os índices de segregação da coorte entre 26 e 35 anos em 2015 com o mesmo intervalo nos anos de 1995 e 2005, com o intuito de separar os efeitos de coorte e de idade. Ao final, indica-se que a idade é mais associada ao aumento da desigualdade do que a coorte, embora entre os mais jovens haja menor segregação por raça. |
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spelling | doaj.art-d5e6a49c11d44819b678906df0ece5b62022-12-21T19:36:11ZengAssociação Brasileira de Estudos PopulacionaisRevista Brasileira de Estudos de População1980-55192021-07-013810.20947/s0102-3098a0151Segregação ocupacional e diferenciais de renda por gênero e raça no Brasil: uma análise de grupos etáriosLeonardo Souza Silveirahttps://orcid.org/0000-0002-9083-3123Natália Leão Siqueirahttps://orcid.org/0000-0002-7925-3400Resumo Nos últimos 30 anos, o Brasil consolidou aspectos da mudança estrutural no mercado de trabalho referentes à modernização ocupacional, participação feminina e expansão do ensino superior. Nesse sentido, coortes mais jovens se inserem em um contexto distinto daqueles presenciados em décadas passadas. Logo, este artigo tem como objetivo medir a variação da segregação ocupacional e a disparidade salarial por gênero e raça em três grupos etários. Assim, questiona-se: a segregação ocupacional por gênero e raça é menor entre os mais jovens? Isso se reflete em menor desigualdade salarial? Tais perguntas são analisadas por meio de índices de segregação e decomposições salariais com base na PNAD 2015 para uma amostra de pessoas com ensino superior completo. Os resultados apontam menor desigualdade entre os mais jovens, mas ainda deixam dúvidas se são efeitos de idade ou coorte. Para isso, uma segunda análise compara os índices de segregação da coorte entre 26 e 35 anos em 2015 com o mesmo intervalo nos anos de 1995 e 2005, com o intuito de separar os efeitos de coorte e de idade. Ao final, indica-se que a idade é mais associada ao aumento da desigualdade do que a coorte, embora entre os mais jovens haja menor segregação por raça.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-30982021000100161&tlng=ptSegregação ocupacionalOcupaçõesGêneroRaçaDesigualdade |
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