Do habitus à unidade da força no pensamento steiniano: abertura para compreensão da virtude no luto

A recorrência do conteúdo das virtudes nas narrativas de enlutados suscitou indagações: Por que e como as virtudes emergem nas elaborações do luto? Esta questão deflagradora motivou a pesquisa teórica pela fenomenologia husserliana que nos conduziu à antropologia filosófica de Edith Stein. Na descr...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Miguel Mahfoud, Maria Inês Castanha de Queiroz
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Ceará 2017-02-01
Series:Argumentos
Subjects:
Online Access:http://periodicos.ufc.br/argumentos/article/view/19148
Description
Summary:A recorrência do conteúdo das virtudes nas narrativas de enlutados suscitou indagações: Por que e como as virtudes emergem nas elaborações do luto? Esta questão deflagradora motivou a pesquisa teórica pela fenomenologia husserliana que nos conduziu à antropologia filosófica de Edith Stein. Na descrição fenomenológica da constituição da pessoa humana, Stein apresenta o conceito de unidade da força, noção que ela acrescentou ao pensamento tomista e que nos permitiu compreender: a relação entre habitus, atos da vontade e virtude; a abertura que a concepção de habitus proporciona para compreendermos a unidade da força no pensamento steiniano; a dimensão do espírito como fonte de força; a relação do dinamismo da força com atos da vontade; a concepção da virtude como poten­ cialidade que foi atualizada no âmbito da dimensão do espírito. Concluímos que virtude tem conotação específica de habitus em seu caráter constitutivo da pessoa e que necessita do agir humano no contexto biopsicossocial e espiritual para se atualizar, podendo revelar-se como um fortalecimento da expressão pessoal.
ISSN:1984-4247
1984-4255