O Papel dos Testes de Estimulação Farmacológica no Diagnóstico da Deficiência de Hormona do Crescimento em Crianças e Adolescentes
Introdução: A incidência da deficiência de hormona do crescimento é de 1:4000 a 1:10000, sendo a principal indicação para tratamento com hormona do crescimento recombinante. Objectivos: Avaliar os resultados dos testes de estimulação da hormona do crescimento e identificar factores preditivos para...
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Format: | Article |
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Published: |
Ordem dos Médicos
2014-09-01
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Series: | Acta Médica Portuguesa |
Online Access: | https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/4878 |
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author | Jean-Pierre Gonçalves Filipa Correia Helena Cardoso Teresa Borges Maria João Oliveira |
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Introdução: A incidência da deficiência de hormona do crescimento é de 1:4000 a 1:10000, sendo a principal indicação para tratamento com hormona do crescimento recombinante.
Objectivos: Avaliar os resultados dos testes de estimulação da hormona do crescimento e identificar factores preditivos para o diagnóstico da deficiência de hormona do crescimento.
Material e Métodos: Estudo observacional, analítico e transversal. Foram analisados dados clínicos e auxológicos e os resultados dos exames de diagnóstico de crianças e adolescentes submetidos a testes de estimulação farmacológica da hormona do crescimento (01/01/2008 a 31/05/2012). O diagnóstico definitivo de deficiência de hormona do crescimento foi efectuado mediante dois testes com estímulos farmacológicos diferentes negativos (pico máximo da hormona do crescimento < 7 ng/mL) ou um teste negativo associado à presença de alterações anatómicas da região hipotálamo-hipofisária, observadas na ressonância magnética cerebral. Para análise estatística, foram realizados o testes de t student, do qui- quadrado, correlação de Pearson e a regressão logística. Foi considerado como nível de significância estatística (p) um valor igual ou menor que 0,05.
Resultados: Realizaram-se testes de estimulação em 89 doentes, com mediana de idade igual a 10 [3-17] anos, 67% do sexo masculino e 77% pré-púberes. Os fármacos utilizados no primeiro teste de estimulação foram a clonidina (n = 85) e a insulina (n = 4). Foram diagnosticados 22 casos de deficiência de hormona do crescimento. Nos casos submetidos a dois testes, os valores máximos de hormona do crescimento apresentaram uma correlação moderada entre si (r = 0,593, p = 0,01). Verificou-se que as variáveis estatura (z-score) e pico máximo de hormona do crescimento obtido no primeiro teste têm valor preditivo no diagnóstico de deficiência de hormona do crescimento.
Discussão: A determinação do IGF-1 não demonstrou ser preditor de deficiência de hormona do crescimento.
Conclusão: Os testes de estimulação são uma ferramenta de diagnóstico da deficiência de hormona do crescimento e que devem ser enquadrados nos parâmetros clínicos e auxológicos.
Palavras-chave: Alterações do Crescimento; Hormona do Crescimento Humano.
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