Caracterização da rede de apoio psicossocial dos pacientes soropositivos

Introdução: Os avanços nas políticas de saúde ainda não são suficientes para interromper a disseminação do HIV/AIDS, seus episódios de instabilidade, agudização e desfechos desfavoráveis, tais como hospitalizações e óbitos. Nesse sentido, é essencial garantir, promover e operacionalizar cuidados amp...

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Bibliographic Details
Main Authors: Fernanda Lavezzo, Gabriela Moreira de Freitas, Débora Grigolette Rodrigues, Melissa Maia Braz
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto 2019-11-01
Series:Arquivos de Ciências da Saúde
Subjects:
Online Access:https://ahs.famerp.br/index.php/ahs/article/view/106
Description
Summary:Introdução: Os avanços nas políticas de saúde ainda não são suficientes para interromper a disseminação do HIV/AIDS, seus episódios de instabilidade, agudização e desfechos desfavoráveis, tais como hospitalizações e óbitos. Nesse sentido, é essencial garantir, promover e operacionalizar cuidados ampliados em saúde, e integrados entre seus setores e atores, em especial as redes sociais de apoio e suporte. Objetivo: Caracterizar a rede social de apoio de pacientes soropositivos hospitalizados. Métodos: Participaram deste estudo seis acompanhantes pertencentes a rede de apoio do paciente internado na Enfermaria de Infectologia do Hospital de Base de São José do Rio Preto, entre os meses de agosto e dezembro de 2018. Foram utilizados os seguintes instrumentos: Questionário de Anamnese; Clinical Interview Schedule – Revised (CIS-R) e Escala de Sobrecarga do Cuidador de Zarit. Resultados: Acompanhantes do sexo feminino (50%) e masculino (50%), média de idade 46 ± 17,16. A vinculação predominante foi a fraterna (33%). Dos seis participantes, quatro (67%) foram classificados como “casos” (≥11); destes, 50% foram descritos com distúrbio emocional clinicamente significante leve, 25% com distúrbio emocional subclínico leve e 25% com distúrbio psiquiátrico moderado. Ademais, todos (100%) verbalizaram reações negativas diante da descoberta do diagnóstico, bem como não apresentaram percepção de sobrecarga. Conclusão: A rede de apoio aos pacientes soropositivos foi formada por uma proporção similar de homens e mulheres de meia-idade, com escolaridade média e vínculo fraterno. Nesta rede predominou a ausência de acompanhamentos psicológico e psiquiátrico prévios, a verbalização de reações negativas frente a descoberta do diagnóstico, a não percepção de sobrecarga e o relato de repercussões negativas frente ao cuidar. Por tanto, é necessária a implementação de suporte psicológico e psicoeducação para melhorar a qualidade de vida desta população.
ISSN:2318-3691