COMPOSIÇÃO ISOTÓPICA DA PRECIPITAÇÃO COMO FERRAMENTA PARA COMPREENSÃO DE PROCESSOS CLIMÁTICOS
Isótopos estáveis (18O e 2H) são excelentes traçadores da molécula de água ao longo do ciclo hidrológico, sendo utilizados como ferramentas auxiliares na interpretação de controles climáticos, incorporados em modelos atmosféricos de circulação geral da atmosfera. As mudanças no estado da água, atrav...
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Format: | Article |
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Published: |
Associação Brasileira de Águas Subterrâneas
2019-01-01
|
Series: | Revista Águas Subterrâneas |
Online Access: | https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/29354 |
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author | VINÍCIUS DOS SANTOS DIDIER GASTMANS LUDMILA VIANNA BATISTA LUCAS VITURI SANTAROSA |
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description | Isótopos estáveis (18O e 2H) são excelentes traçadores da molécula de água ao longo do ciclo hidrológico, sendo utilizados como ferramentas auxiliares na interpretação de controles climáticos, incorporados em modelos atmosféricos de circulação geral da atmosfera. As mudanças no estado da água, através do processo de fracionamento isotópico provocam variação do conteúdo de isótopos, o que permite sua associação com processos de condensação durante a formação de nuvem e consequentemente da chuva e parâmetros climáticos, como temperatura, precipitação, umidade atmosférica, pressão atmosférica, dentre outros. Os mecanismos que controlam a composição isotópica da precipitação em áreas tropicais não são muito bem definidos. Alguns estudos demonstram que a composição isotópica da precipitação está relacionada a variabilidade de fatores locais, como variação de dados meteorológicos, evaporação das gotas de chuva durante sua queda para superfície, e ou fatores globais, como a origem da fonte de umidade da chuva, o tipo de nuvem, sistemas atmosféricos que geram a chuva e processos de recirculação de vapor durante o deslocamento de massas de ar. Deste modo o presente trabalho, tem como objetivo apresentar quais fatores climáticos locais e ou regionais influenciam na composição isotópica da precipitação em Rio Claro (SP), localizada próxima ao Trópico de Capricórnio. Foram coletadas 205 amostras diárias da precipitação entre fevereiro de 2014 a dezembro de 2016, que variou de -18,36‰ a 4,89‰ (-3,93±3.49) para o δ18O, -136‰ a 43,40‰ (-17,68±29,10) para o δ2H e 1,44‰ a 26,54‰ (13,81±5,19) para o d-excess. A reta meteórica local, cuja equação é δ2H = 8.18*δ18O + 14.55, possui inclinação inferior a Reta Meteórica Global (δ2H = 8*δ18O + 10) e valor do excesso de deutério maior, indicando que a composição isotópica da precipitação de Rio Claro esteja associada a processos de recirculação de vapor que ocorrem durante o deslocamento de massas de ar que originam a chuva na região. |
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spelling | doaj.art-d6c7dd9405d84804948849d5510a1ae22022-12-21T23:35:28ZengAssociação Brasileira de Águas SubterrâneasRevista Águas Subterrâneas0101-70042179-97842019-01-010010.14295/ras.v0i0.2935417409COMPOSIÇÃO ISOTÓPICA DA PRECIPITAÇÃO COMO FERRAMENTA PARA COMPREENSÃO DE PROCESSOS CLIMÁTICOSVINÍCIUS DOS SANTOS0DIDIER GASTMANSLUDMILA VIANNA BATISTALUCAS VITURI SANTAROSAAssociação Brasileira de Águas SubterrâneasIsótopos estáveis (18O e 2H) são excelentes traçadores da molécula de água ao longo do ciclo hidrológico, sendo utilizados como ferramentas auxiliares na interpretação de controles climáticos, incorporados em modelos atmosféricos de circulação geral da atmosfera. As mudanças no estado da água, através do processo de fracionamento isotópico provocam variação do conteúdo de isótopos, o que permite sua associação com processos de condensação durante a formação de nuvem e consequentemente da chuva e parâmetros climáticos, como temperatura, precipitação, umidade atmosférica, pressão atmosférica, dentre outros. Os mecanismos que controlam a composição isotópica da precipitação em áreas tropicais não são muito bem definidos. Alguns estudos demonstram que a composição isotópica da precipitação está relacionada a variabilidade de fatores locais, como variação de dados meteorológicos, evaporação das gotas de chuva durante sua queda para superfície, e ou fatores globais, como a origem da fonte de umidade da chuva, o tipo de nuvem, sistemas atmosféricos que geram a chuva e processos de recirculação de vapor durante o deslocamento de massas de ar. Deste modo o presente trabalho, tem como objetivo apresentar quais fatores climáticos locais e ou regionais influenciam na composição isotópica da precipitação em Rio Claro (SP), localizada próxima ao Trópico de Capricórnio. Foram coletadas 205 amostras diárias da precipitação entre fevereiro de 2014 a dezembro de 2016, que variou de -18,36‰ a 4,89‰ (-3,93±3.49) para o δ18O, -136‰ a 43,40‰ (-17,68±29,10) para o δ2H e 1,44‰ a 26,54‰ (13,81±5,19) para o d-excess. A reta meteórica local, cuja equação é δ2H = 8.18*δ18O + 14.55, possui inclinação inferior a Reta Meteórica Global (δ2H = 8*δ18O + 10) e valor do excesso de deutério maior, indicando que a composição isotópica da precipitação de Rio Claro esteja associada a processos de recirculação de vapor que ocorrem durante o deslocamento de massas de ar que originam a chuva na região.https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/29354 |
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