Nadja: um diálogo entre a psicanálise e o surrealismo

Este artigo traz uma leitura interdisciplinar de Nadja, romance escrito por André Breton em 1928, a partir das concepções de realidade propostas pelos surrealistas e pela psicanálise. No surrealismo, através da critica ao realismo, surge o conceito de surreal, com o qual artistas passaram a se expri...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Ramaiana Freire Cardinali, Christian Ingo Lenz Dunker
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 2020-12-01
Series:FronteiraZ
Subjects:
Online Access:https://revistas.pucsp.br/index.php/fronteiraz/article/view/50793
Description
Summary:Este artigo traz uma leitura interdisciplinar de Nadja, romance escrito por André Breton em 1928, a partir das concepções de realidade propostas pelos surrealistas e pela psicanálise. No surrealismo, através da critica ao realismo, surge o conceito de surreal, com o qual artistas passaram a se exprimir em produções artísticas e em uma conduta particular de vida no pós-guerra. Na psicanálise, Freud foi levado a superar a dicotomia entre interno/externo, assim como entre normal/patológico, implicando, com isso, uma nova concepção de realidade, que posteriormente foi reformulada por Lacan sob o conceito de real. Esta leitura traz como decorrência a denúncia ao conformismo e a superação das falsas dicotomias, ensejando, tanto com a psicanálise quanto com o surrealismo, uma transformação na práxis do sujeito.
ISSN:1983-4373