A duração e as relações de identidade, expansão e condensação: um olhar sobre a programação textual no discurso cinematográfico
O cinema é uma arte que oferece na representação da realidade a possibilidade de manifestar uma rede de manipulações temporais singular. Em suas narrativas, muitos diretores, roteiristas e criadores exercem o fascínio de poder manipular a categoria do tempo. Às vezes, tal empreitada parece não ter l...
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Format: | Article |
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Published: |
Universidade de São Paulo, Letras e Ciências Humanas
2010-06-01
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Series: | Estudos Semióticos |
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author | Odair José Moreira da Silva |
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spelling | doaj.art-d71ac14646934229b9d5eca4465468df2022-12-22T00:16:33ZengUniversidade de São Paulo, Letras e Ciências HumanasEstudos Semióticos1980-40162010-06-016110.11606/issn.1980-4016.esse.2010.49257A duração e as relações de identidade, expansão e condensação: um olhar sobre a programação textual no discurso cinematográficoOdair José Moreira da Silva0Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas; Departamento de LinguísticaO cinema é uma arte que oferece na representação da realidade a possibilidade de manifestar uma rede de manipulações temporais singular. Em suas narrativas, muitos diretores, roteiristas e criadores exercem o fascínio de poder manipular a categoria do tempo. Às vezes, tal empreitada parece não ter limites. Uma das possibilidades está centrada em um processo de semiotização da duração entendido como a programação textual do tempo cinematográfico. Se para a semiótica francesa a programação temporal está vinculada ao plano do conteúdo, a programação textual, por sua vez, vincula-se ao plano da expressão e, dessa maneira, cria uma rede de efeitos de sentido que tem por mérito estabelecer, com a duração pressuposta no discurso cinematográfico, relações de identidade, de expansão ou de condensação temporais. Portanto, a programação textual diz respeito à manifestação da duração no texto. Todos os acontecimentos discursivizados apresentam uma duração e ela pode ser manifestada, no texto, nesses três modos distintos: identidade, expansão e condensação. Uma das ferramentas teóricas visando a auxiliar o analista de filmes está, a nosso ver, no campo da semiótica discursiva de Greimas. É no interior da discursivização semiótica que podemos melhor perceber e conseguir entender o tempo cinematográfico. O que se pretende aqui é verificar como o processo da programação textual ocorre na diegese fílmica, adotando como diretriz principal de trabalho a proposta de Fiorin (1996) sobre as categorias da enunciação e os seus desdobramentos semióticos. Tais desdobramentos são verificados no âmbito do discurso cinematográfico .http://www.revistas.usp.br/esse/article/view/49257programação textualduraçãotempoanálise de filmes |
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