Confiabilidade Interobservador de Duas Escalas de Aferição de Comorbidade em Pacientes Idosos com Câncer de Próstata

Introdução: Comorbidade é definida como a coexistência de duas ou mais doenças crônicas em um mesmo indivíduo, sendo uma condição frequente em idosos com câncer. Existem diversas escalas para mensurar comorbidade; porém a escala de Charlson e a Cumulative Illness Rating Scale Geriatric (CIRS-G) são...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Julia Souza Bittencourt Santos, Maria Alice dos Santos Tavares, Laércio Lima Luz, Inês Echenique Mattos
Format: Article
Language:English
Published: Instituto Nacional de Câncer (INCA) 2015-12-01
Series:Revista Brasileira de Cancerologia
Subjects:
Online Access:https://rbc.inca.gov.br/revista/index.php/revista/article/view/226
Description
Summary:Introdução: Comorbidade é definida como a coexistência de duas ou mais doenças crônicas em um mesmo indivíduo, sendo uma condição frequente em idosos com câncer. Existem diversas escalas para mensurar comorbidade; porém a escala de Charlson e a Cumulative Illness Rating Scale Geriatric (CIRS-G) são as mais utilizadas na literatura. Objetivo: Avaliar a confiabilidade interobservador das escalas de Charlson e CIRS-G em pacientes idosos com câncer de próstata internados em um hospital de referência para câncer. Método: Trata-se de um estudo descritivo com análise de prontuários médicos de 110 idosos após a alta. Duas enfermeiras do serviço de oncologia do hospital analisaram separadamente os prontuários e aplicaram as duas escalas, com base em critérios padronizados específicos. A confiabilidade interobservador foi analisada por meio de concordância simples, do coeficiente kappa e pelos coeficientes de correlação intraclasse (CCI). Resultados: Com base na escala de Charlson, a maioria dos indivíduos não apresentava comorbidade no momento da avaliação. Foi observada alta concordância nessa escala, com coeficiente kappa de 0,66 e CCI de 0,84. Com base na CIRS-G, a maior parte dos idosos apresentava comorbidade moderada e a concordância, embora boa, foi menor para essa escala, com coeficiente kappa de 0,56 e CCI de 0,78. Conclusão: O estudo evidenciou boa confiabilidade interobservador das duas escalas na avaliação de pacientes com câncer. Entretanto, a CIRS-G possibilitou identificar um maior número de pacientes com comorbidade.
ISSN:0034-7116
2176-9745