Summary: | A epidemia de HIV/aids tem atingido cada vez mais mulheres em idade reprodutiva, sendo que muitas já são mães ou se tornam mães quando descobrem a infecção. Os estudos revisados indicam que a infecção pelo HIV/Aids pode alterar de muitas formas a experiência da gestação e da maternidade, gerando uma sobrecarga psicológica relacionada ao estigma e ao risco de transmissão para a criança. Apesar disso, pesquisas sugerem que muitas mulheres portadoras do HIV/Aids buscam transmitir uma identidade materna positiva para os filhos e se preocupam intensamente com o futuro deles. Foram encontrados poucos estudos brasileiros sobre aspectos psicológicos da maternidade nesse contexto, em especial a respeito do impacto da profilaxia para prevenção da transmissão vertical sobre a experiência da gestação, do parto e do puerpério. As dificuldades em aderir ao tratamento e a práticas sexuais seguras denotam a falta de atenção às demandas específicas dessas mães, sendo que o foco das políticas de saúde permanece sobretudo dirigido para a criança.
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