ANGIOSSARCOMA CUTÂNEO RADIOINDUZIDO DA MAMA – ANÁLISE DE 12 ANOS DE UM SERVIÇO DE RADIOTERAPIA

Introdução: O angiossarcoma cutâneo (ASC) radioinduzido (RI) da mama é um tumor raro e agressivo que surge no contexto do tratamento do cancro da mama. Objectivo: Rever e apresentar os casos de ASC RI de um serviço de Radioterapia nos últimos 12 anos. Material e Métodos: Análise retrospetiva dos c...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Domingos Roda, Gilberto Melo, Paulo Figueiredo
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia 2014-10-01
Series:Revista da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia
Subjects:
Online Access:https://revista.spdv.com.pt/index.php/spdv/article/view/276
Description
Summary:Introdução: O angiossarcoma cutâneo (ASC) radioinduzido (RI) da mama é um tumor raro e agressivo que surge no contexto do tratamento do cancro da mama. Objectivo: Rever e apresentar os casos de ASC RI de um serviço de Radioterapia nos últimos 12 anos. Material e Métodos: Análise retrospetiva dos casos de Lesões vasculares atípicas (LVA) primárias, de ASC primários, de LVA radioinduzidas e de ASC radioinduzidos diagnosticados na mama ou parede torácica (região pós-mastectomia) entre 01.01.2000 e 31.12.2012. Resultados: Foram encontrados 14 doentes apresentando 2 (14%) LVA consideradas primárias; 2 (14%) LVA consideradas secundárias RI; 5 (36%) ASC considerados primários e 5 (36%) ASC cutâneos considerados secundários RI. A idade mediana ao diagnóstico do ASC RI foi de 69 anos, o tempo médio pós RT foi de 11,6 anos, o tratamento da lesão secundária foi em 80% dos casos a excisão alargada Ocorreram três óbitos, nenhum dos quais associado à lesão radioinduzida. Discussão e Conclusão: Os dados obtidos estão de acordo com a literatura no que respeita à raridade do diagnóstico de ASC RI da mama, à idade média ao diagnóstico e ao intervalo de tempo de latência entre a RT e a lesão secundária. Foram encontradas diferenças referentes à recidiva, metastização e prognóstico. Os resultados salientam a importância da existência de dados atualizados respeitantes aos efeitos secundários dos tratamentos efetuados.
ISSN:2182-2395
2182-2409