SÍFILIS NA GESTANTE E RN - O QUE SABEM AS MÃES?

Introdução: A sífilis congênita é doença evitável que permanece problema de saúde pública mundial. Em 2020, Brasil registrou taxas/1.000 nascidos vivos (NV): 21,6 para gestantes com sífilis (SG) e 7,7 para sífilis congênita (SC). Objetivo: Avaliar o conhecimento e a percepção sobre a SG e SC entre m...

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Bibliographic Details
Main Authors: Marina Mercuri, Monica Moura, Lais Porto, Regina Succi
Format: Article
Language:English
Published: Elsevier 2022-09-01
Series:Brazilian Journal of Infectious Diseases
Online Access:http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867022003075
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description Introdução: A sífilis congênita é doença evitável que permanece problema de saúde pública mundial. Em 2020, Brasil registrou taxas/1.000 nascidos vivos (NV): 21,6 para gestantes com sífilis (SG) e 7,7 para sífilis congênita (SC). Objetivo: Avaliar o conhecimento e a percepção sobre a SG e SC entre mulheres diagnosticadas com sífilis na gestação ou parto e admitidas para o parto em uma maternidade em Campinas (SP) no período de 01/04/2019 e 31/03/2020. Método: Após aprovação do projeto no Comitê de Ética Institucional e assinatura de TCLE, um questionário foi aplicado às puérperas. Resultados: No período do estudo foram registrados 12.301 NV e 208 SG (16,9 casos/1.000 NV). 200 puérperas aceitaram participar e responderam ao questionário – todas referiram ter feito acompanhamento pré-natal (PN) e apresentaram cartão da gestante e 32/200 (16%) referiram aborto anterior. 98,5% (197/200) das mães referiram ter feito o teste para sífilis na gestação, mas 62,5% (125/200) não receberam informações sobre a sua finalidade e 71/200 (35,5%) referiram não ter tido oportunidade de fazer perguntas sobre a doença ao seu médico. Apenas 127/200 (63,5%) dos parceiros fizeram o teste. 40% (80/200) mães desconheciam a doença “sífilis congênita”. 50/200 (25%) mulheres referiram não ter recebido informações sobre possíveis complicações da doença para elas ou seus bebês. Quantidade significante de mães não receberam informações sobre o acompanhamento do bebê (66,0%) e desconheciam informações importantes sobre a doença: possibilidade de aborto (33,5%), natimorto (33,5%), prematuridade (27%). Conclusão: Apesar de 100% das gestantes referirem acompanhamento PN, elas não foram informadas de forma adequada sobre as consequências da doença sobre si mesmas e seus filhos. O desafio da equipe de saúde é melhorar essa situação, induzindo uma melhor adesão às medidas preventivas.
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