Estrutura e florística de comunidade arbórea em duas áreas de Floresta Ombrófila Densa em Macaé, RJ

A Mata Atlântica cobria a maior parte do norte-fluminense, estando atualmente reduzida a menos de 10% de sua área original. Entretanto, pouco se sabe sobre a composição florística e a estrutura dos fragmentos florestais desta região. Este estudo visou caracterizar a composição florística e a estrutu...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Adriano Rosa Cruz, Kelly Cristina da Silva-Gonçalves, André Felippe Nunes-Freitas
Format: Article
Language:English
Published: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Series:Rodriguésia
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-78602013000400009&lng=en&tlng=en
Description
Summary:A Mata Atlântica cobria a maior parte do norte-fluminense, estando atualmente reduzida a menos de 10% de sua área original. Entretanto, pouco se sabe sobre a composição florística e a estrutura dos fragmentos florestais desta região. Este estudo visou caracterizar a composição florística e a estrutura de um trecho de Floresta Ombrófila Densa Submontana do Parque Natural Municipal Fazenda Atalaia (PNMFA - Macaé, RJ). Foram analisadas duas áreas com históricos de utilização distintos. Em cada área foram estabelecidas 30 parcelas de 100 m² (10 × 10 m), onde os indivíduos arbóreos com DAP > 5 cm foram registrados, identificados e mensurados. Foram amostrados 639 indivíduos de 118 espécies, dentro de 86 gêneros de 39 famílias botânicas. As famílias mais representativas foram Fabaceae, Euphorbiaceae, Myrtaceae, Meliaceae e Sapotaceae, com diferentes proporções de ocorrência entre as duas áreas analisadas. Nas duas áreas, Artocarpus heterophyllus Lam. (jaqueira) foi a espécie com maiores valores de todos os parâmetros fitossociológicos analisados. A área basal do PNMFA pode ser considerada de média a alta em relação a localidades próximas. Apesar da invasão por A. heterophyllus e as baixas densidades da maioria das espécies, as duas áreas parecem estar se recuperando e, com o manejo desta espécie exótica, é possível que a área volte a guardar uma parcela da diversidade biológica da região norte-fluminense.
ISSN:2175-7860