Conhecimento, atitude e prática do exame de Papanicolaou em mulheres com câncer de colo uterino

O câncer de colo uterino apresenta alta mortalidade no Brasil, apesar dos programas para rastreamento. O objetivo deste estudo, de corte transversal, foi analisar conhecimento, atitude e prática do exame de Papanicolaou e entender a não adesão das mulheres a este exame. Foram entrevistadas 138 mulhe...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Sylvia Michelina Fernandes Brenna, Ellen Hardy, Luiz Carlos Zeferino, Iara Namura
Format: Article
Language:English
Published: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz
Series:Cadernos de Saúde Pública
Subjects:
Online Access:http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2001000400024&lng=en&tlng=en
_version_ 1828432671691243520
author Sylvia Michelina Fernandes Brenna
Ellen Hardy
Luiz Carlos Zeferino
Iara Namura
author_facet Sylvia Michelina Fernandes Brenna
Ellen Hardy
Luiz Carlos Zeferino
Iara Namura
author_sort Sylvia Michelina Fernandes Brenna
collection DOAJ
description O câncer de colo uterino apresenta alta mortalidade no Brasil, apesar dos programas para rastreamento. O objetivo deste estudo, de corte transversal, foi analisar conhecimento, atitude e prática do exame de Papanicolaou e entender a não adesão das mulheres a este exame. Foram entrevistadas 138 mulheres: noventa com neoplasia intra-epitelial de alto grau e 48 com câncer invasivo de colo uterino. As mulheres com câncer invasivo tiveram prática mais inadequada do exame. No entanto, independente do diagnóstico, mais de 80% delas referiram desmotivação/vergonha, 60% relataram que os médicos não examinavam e, cerca de 50% apontaram o tempo de espera para a consulta e a demora no agendamento como dificuldades para serem atendidas. Em geral, a prática do exame dependeu da iniciativa do médico e a periodicidade da coleta foi determinada pela procura de consulta devido a sintomas. As mulheres com 56 anos ou mais mostraram maior inadequação no conhecimento, na atitude e na prática. No entanto, aquelas com maior escolaridade conheciam melhor o exame. A maior idade e a menor escolaridade podem estar associados a não adesão das mulheres ao exame, porém as dificuldades sociais e econômicas para conseguir atendimento em saúde precisam ser consideradas para aumentar a prática do exame.
first_indexed 2024-12-10T18:23:05Z
format Article
id doaj.art-d933bdff28e44403821163a07871e774
institution Directory Open Access Journal
issn 0102-311X
1678-4464
language English
last_indexed 2024-12-10T18:23:05Z
publisher Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz
record_format Article
series Cadernos de Saúde Pública
spelling doaj.art-d933bdff28e44403821163a07871e7742022-12-22T01:38:09ZengEscola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo CruzCadernos de Saúde Pública0102-311X1678-4464174909914S0102-311X2001000400024Conhecimento, atitude e prática do exame de Papanicolaou em mulheres com câncer de colo uterinoSylvia Michelina Fernandes Brenna0Ellen Hardy1Luiz Carlos Zeferino2Iara Namura3Secretaria de Estado da SaúdeUniversidade Estadual de CampinasUniversidade Estadual de CampinasSecretaria de Estado da SaúdeO câncer de colo uterino apresenta alta mortalidade no Brasil, apesar dos programas para rastreamento. O objetivo deste estudo, de corte transversal, foi analisar conhecimento, atitude e prática do exame de Papanicolaou e entender a não adesão das mulheres a este exame. Foram entrevistadas 138 mulheres: noventa com neoplasia intra-epitelial de alto grau e 48 com câncer invasivo de colo uterino. As mulheres com câncer invasivo tiveram prática mais inadequada do exame. No entanto, independente do diagnóstico, mais de 80% delas referiram desmotivação/vergonha, 60% relataram que os médicos não examinavam e, cerca de 50% apontaram o tempo de espera para a consulta e a demora no agendamento como dificuldades para serem atendidas. Em geral, a prática do exame dependeu da iniciativa do médico e a periodicidade da coleta foi determinada pela procura de consulta devido a sintomas. As mulheres com 56 anos ou mais mostraram maior inadequação no conhecimento, na atitude e na prática. No entanto, aquelas com maior escolaridade conheciam melhor o exame. A maior idade e a menor escolaridade podem estar associados a não adesão das mulheres ao exame, porém as dificuldades sociais e econômicas para conseguir atendimento em saúde precisam ser consideradas para aumentar a prática do exame.http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2001000400024&lng=en&tlng=enneoplasias uterinassaúde da mulherexames médicos
spellingShingle Sylvia Michelina Fernandes Brenna
Ellen Hardy
Luiz Carlos Zeferino
Iara Namura
Conhecimento, atitude e prática do exame de Papanicolaou em mulheres com câncer de colo uterino
Cadernos de Saúde Pública
neoplasias uterinas
saúde da mulher
exames médicos
title Conhecimento, atitude e prática do exame de Papanicolaou em mulheres com câncer de colo uterino
title_full Conhecimento, atitude e prática do exame de Papanicolaou em mulheres com câncer de colo uterino
title_fullStr Conhecimento, atitude e prática do exame de Papanicolaou em mulheres com câncer de colo uterino
title_full_unstemmed Conhecimento, atitude e prática do exame de Papanicolaou em mulheres com câncer de colo uterino
title_short Conhecimento, atitude e prática do exame de Papanicolaou em mulheres com câncer de colo uterino
title_sort conhecimento atitude e pratica do exame de papanicolaou em mulheres com cancer de colo uterino
topic neoplasias uterinas
saúde da mulher
exames médicos
url http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2001000400024&lng=en&tlng=en
work_keys_str_mv AT sylviamichelinafernandesbrenna conhecimentoatitudeepraticadoexamedepapanicolaouemmulherescomcancerdecolouterino
AT ellenhardy conhecimentoatitudeepraticadoexamedepapanicolaouemmulherescomcancerdecolouterino
AT luizcarloszeferino conhecimentoatitudeepraticadoexamedepapanicolaouemmulherescomcancerdecolouterino
AT iaranamura conhecimentoatitudeepraticadoexamedepapanicolaouemmulherescomcancerdecolouterino