Summary: | Este artigo busca refletir sobre processos de emancipação postos em marcha pelos jovens envolvidos no movimento secundarista em 2015, conferindo especial atenção às meninas protagonistas desse levante, às suas corporeidades e às dimensões estético-políticas de suas reivindicações. Evidenciamos que, durante as ocupações, questões ligadas ao feminismo tornaram-se tema de debates, aparecendo também no documentário Lute como uma menina! (Flávio Colombini e Beatriz Alonso, 2016), que foi produzido durante as ocupações, tecido unicamente com depoimentos das meninas que participaram do movimento. A partir de cenas e trechos dessa produção, buscamos mostrar como a agência das meninas secundaristas produzem arranjos disposicionais e subjetivações políticas e cenas de dissenso nas quais outras formas de vida e outras performatividades são possíveis.
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