HIPERTENSÃO APÓS TRANSPLANTE RENAL PEDIÁTRICO
Objetivo: Verificar a prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS) na população pediátrica pós-transplante renal, transplantada no serviço de transplante renal do Complexo Hospitalar Santa Casa, caracterizando o grupo examinado e avaliando fatores de risco. Métodos: Os dados foram analisados...
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Format: | Article |
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Published: |
Associação Brasileira de Transplante de Órgãos
2007-06-01
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Series: | Brazilian Journal of Transplantation |
Subjects: | |
Online Access: | https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/339 |
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author | Clotilde Druck Garcia Viviane de Barros Bittencourt Jerônimo Sperb Antonello Filipe Dari Krüger Magali Santos Lumertz Vanessa Koltermann Eduardo Pflug Comparsi Airton Stein Valter Duro Garcia |
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Objetivo: Verificar a prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS) na população pediátrica pós-transplante renal, transplantada no serviço de transplante renal do Complexo Hospitalar Santa Casa, caracterizando o grupo examinado e avaliando fatores de risco. Métodos: Os dados foram analisados em coorte retrospectiva a qual selecionou pacientes que receberam transplante renal antes dos 18 anos que realizavam acompanhamento em Ambulatório de Transplante Renal Pediátrico. Para a análise estatística, utilizou-se o coeficiente de correlação de Pearson com correção de continuidade sempre que se desejou medir o grau de correlação entre a HAS e outra variável de escala métrica. HAS foi definida com PA acima do percentil 95. Resultados: Foram analisados os dados de 150 pacientes transplantados com idade inferior a 18 anos no período de julho de 1991 a setembro de 2005. Destes, 58% eram do sexo masculino e 89,3% brancos. A média de idade no transplante foi de 10,4 anos, e idade média atual de 15,5 anos. O tempo médio de acompanhamento foi de 57,9 meses. A prevalência de uso de corticóide foi de 86%. Em relação ao esquema imunossupressor, 68,2% utilizavam tacrolimo, 27,7%, ciclosporina e 4%, sirolimo. A prevalência de hipertensão foi de 57,3% nos pacientes examinados, não havendo diferença entre gênero, raça, tipo de doador (vivo ou falecido), função do enxerto ou tempo de transplante. No grupo que usava tacrolimo, a prevalência de HAS foi de 52,5% e no que usava ciclosporina foi de 63,4%, diferença não significativa (p = 0,1). A prevalência de hipertensão entre pacientes em uso de corticosteróide foi 62,8% contra 23,8% entre os que não utilizavam (p = 0,002). Conclusão: A ocorrência de HAS pós-transplante renal é comum. O uso de corticóide é fator de risco. Não foi identificado outro fator de risco para desenvolvimento de hipertensão.
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spelling | doaj.art-da8e4079d3ba4b83a8d9554ba18b51cd2022-12-22T01:24:16ZengAssociação Brasileira de Transplante de ÓrgãosBrazilian Journal of Transplantation2764-15892007-06-0110310.53855/bjt.v10i3.339HIPERTENSÃO APÓS TRANSPLANTE RENAL PEDIÁTRICOClotilde Druck Garcia0Viviane de Barros Bittencourt1Jerônimo Sperb Antonello2Filipe Dari Krüger3Magali Santos Lumertz4Vanessa Koltermann5Eduardo Pflug Comparsi6Airton Stein7Valter Duro Garcia8Serviço de Nefrologia Pediátrica do Hospital da Criança Santo Antônio, Porto Alegre/RS – Brasil.Serviço de Nefrologia Pediátrica do Hospital da Criança Santo Antônio, Porto Alegre/RS – Brasil.Serviço de Nefrologia Pediátrica do Hospital da Criança Santo Antônio, Porto Alegre/RS – Brasil.Acadêmico de medicina da Universidade Federal de Ciências Saúde de Porto Alegre , Porto Alegre/RS – Brasil.Acadêmico de medicina da Universidade Federal de Ciências Saúde de Porto Alegre , Porto Alegre/RS – Brasil.Acadêmico de medicina da Universidade Federal de Ciências Saúde de Porto Alegre , Porto Alegre/RS – Brasil.Acadêmico de medicina da Universidade Federal de Ciências Saúde de Porto Alegre , Porto Alegre/RS – Brasil.Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre , Porto Alegre/RS – Brasil.Serviço de Transplante Renal, Complexo Hospitalar Santa Casa, Porto Alegre , Porto Alegre/RS – Brasil. Objetivo: Verificar a prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS) na população pediátrica pós-transplante renal, transplantada no serviço de transplante renal do Complexo Hospitalar Santa Casa, caracterizando o grupo examinado e avaliando fatores de risco. Métodos: Os dados foram analisados em coorte retrospectiva a qual selecionou pacientes que receberam transplante renal antes dos 18 anos que realizavam acompanhamento em Ambulatório de Transplante Renal Pediátrico. Para a análise estatística, utilizou-se o coeficiente de correlação de Pearson com correção de continuidade sempre que se desejou medir o grau de correlação entre a HAS e outra variável de escala métrica. HAS foi definida com PA acima do percentil 95. Resultados: Foram analisados os dados de 150 pacientes transplantados com idade inferior a 18 anos no período de julho de 1991 a setembro de 2005. Destes, 58% eram do sexo masculino e 89,3% brancos. A média de idade no transplante foi de 10,4 anos, e idade média atual de 15,5 anos. O tempo médio de acompanhamento foi de 57,9 meses. A prevalência de uso de corticóide foi de 86%. Em relação ao esquema imunossupressor, 68,2% utilizavam tacrolimo, 27,7%, ciclosporina e 4%, sirolimo. A prevalência de hipertensão foi de 57,3% nos pacientes examinados, não havendo diferença entre gênero, raça, tipo de doador (vivo ou falecido), função do enxerto ou tempo de transplante. No grupo que usava tacrolimo, a prevalência de HAS foi de 52,5% e no que usava ciclosporina foi de 63,4%, diferença não significativa (p = 0,1). A prevalência de hipertensão entre pacientes em uso de corticosteróide foi 62,8% contra 23,8% entre os que não utilizavam (p = 0,002). Conclusão: A ocorrência de HAS pós-transplante renal é comum. O uso de corticóide é fator de risco. Não foi identificado outro fator de risco para desenvolvimento de hipertensão. https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/339Transplante RenalHipertensãoPediatriaImunossupressoresCorticosteróides |
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