Summary: | Neste texto, busca-se entender como Elisa Lucinda mobiliza o verbal e o não verbal para fazer circular discursos que materializam sentidos de afirmação e resistência que se inscrevem numa coletividade de mulheres negras. Para tanto, utiliza-se os mecanismos da Análise do Discurso. Definiu-se como fonte analítica que permitiu os contornos deste texto um vídeo no qual Lucinda recita o poema Mulata Exportação, da sua autoria. Foi possível compreender que o poema e as imagens em vídeo estabelecem regularidade e compõem as condições de produção de seus discursos de militância. Os elementos verbais (escrita e oralidade) e elementos não verbais (tons de voz e imagens cênicas) da enunciadora apresentam, no escopo da materialidade analisada, marcas das vivências que produzem as suas condições de existência como mulher negra.
|