Summary: | Este artigo analisa o manual Mestre da Vida que ensina a viver e morrer santamente, escrito por João de Castro e publicado na Espanha, na primeira metade do século XVIII. Sabe-se que a obra mereceu várias traduções e reedições ao longo do século XIX, e que algumas delas chegaram a circular no Brasil. Além da identificação e da análise das representações da Virgem presentes na obra, nos detemos nas orientações que os fiéis deveriam seguir no culto e nas práticas devocionais a Maria, propondo uma avaliação sobre sua aceitação e difusão no mundo luso-brasileiro. Tal análise insere-se nas recentes discussões historiográficas acerca das práticas de leitura, considerando as formas plurais de apropriação e de recepção de textos, inseridas em seus contextos de produção e circulação.
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