Uma brasiliana médica: o Brasil Central na expedição científica de Arthur Neiva e Belisário Penna e na viagem ao Tocantins de Julio Paternostro A Brazilian medical collection: Central Brazil in Arthur Neiva and Belisário Penna's scientific expedition and Julio Paternostro's voyage to Tocantins
Aborda o papel das viagens científicas realizadas por médicos, durante a primeira metade do século XX, na imaginação social sobre o Brasil. Com esse objetivo, são analisados dois textos: o relatório de Arthur Neiva e Belisário Penna, publicado em Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, e o de Julio Pate...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Fundação Oswaldo Cruz, Casa de Oswaldo Cruz
2009-07-01
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Series: | História, Ciências, Saúde: Manguinhos |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702009000500011 |
Summary: | Aborda o papel das viagens científicas realizadas por médicos, durante a primeira metade do século XX, na imaginação social sobre o Brasil. Com esse objetivo, são analisados dois textos: o relatório de Arthur Neiva e Belisário Penna, publicado em Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, e o de Julio Paternostro, que veio a público em 1945 no livro Viagem ao Tocantins. O primeiro contribuiu para que se apontasse a patologia como marca definidora da identidade nacional durante a Primeira República (1899-1930). Esse fato teria repercussões nas décadas seguintes, como se verificou com relação ao livro de Paternostro, apresentado na época de sua publicação como obra de denúncia dos problemas nacionais. Além das doenças, a distância não apenas geográfica, mas sobretudo cultural entre litoral e sertão são os atributos ressaltados nesses retratos do Brasil.<br>The article addresses the role played within the social imaginary of Brazil by the scientific voyages of physicians in the first half of the twentieth century. Two texts are analyzed: a report by Arthur Neiva and Belisário Penna published in Memórias do Instituto Oswaldo Cruz and another, by Julio Paternostro, released in 1945 in Viagem ao Tocantins. The former contributed to singling out pathology as the defining mark of national identity during the First Republic (1899-1930), a fact that had repercussions in the following decades, as apparent in Paternostro's book, which at the time of its publication was presented as an indictment of national problems. These portraits of Brazil highlight as attributes of the country not only disease but also the geographic and, primarily, cultural distance separating the coast from the sertão. |
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ISSN: | 0104-5970 1678-4758 |