PREVALÊNCIA DE HEMOGLOBINA S EM DOADORES DE SANGUE DO HEMOCENTRO DALTON CUNHA, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL

Introdução: Indivíduos portadores do traço falcêmico são, geralmente, assintomáticos, diferentemente do que acontece na anemia falciforme, em que as manifestações clínicas e hematológicas são mais bem evidentes. Na doação de sangue, um doador portador do traço falcêmico pode trazer alguns riscos par...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: LN Miranda, IPD Oliveira, LSS Oliveira, FAV Junior
Format: Article
Language:English
Published: Elsevier 2023-10-01
Series:Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Online Access:http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2531137923015870
Description
Summary:Introdução: Indivíduos portadores do traço falcêmico são, geralmente, assintomáticos, diferentemente do que acontece na anemia falciforme, em que as manifestações clínicas e hematológicas são mais bem evidentes. Na doação de sangue, um doador portador do traço falcêmico pode trazer alguns riscos para o receptor, em algumas condições específicas, como no caso do receptor ser falcêmico ou recém-nascido. A fim de minimizar esses riscos e priorizar a qualidade da transfusão, a Portaria nº 158, de 04 de fevereiro de 2016, instituiu a obrigatoriedade da pesquisa de Hemoglobina S (HbS) em doadores de sangue. Objetivo: Quantificar a presença de HbS, por meio de HPLC (Cromatografia Líquida de Alta Eficiência) em doadores de sangue no Hemocentro Dalton Cunha e nos Hemocentros Regionais do interior do Rio Grande do Norte. Métodos: Foram analisados, por meio de cálculos estatísticos, os resultados dos indivíduos que doaram sangue no Hemocentro Dalton Cunha e nos Hemocentros Regionais do interior do Rio Grande do Norte, no período de janeiro de 2022 a junho de 2023, com faixa etária de 16 a 69 anos, totalizando 41.099 doadores. Resultados: Dos 41.099 resultados analisados dos doadores de sangue, 1.599 mostraram-se positivos para o traço falciforme (3,9%). Conclusão: A prevalência de traço falciforme encontrada em nosso estudo foi de 3,9%, o que se assemelha à encontrada na população brasileira, que pode variar de 0,43% a 9,80%, dependendo da região do País. Esses achados contribuem com os demais estudos de prevalência no Brasil. Discussão: Tendo em vista as possíveis complicações que os indivíduos com traço falciforme podem desenvolver, torna-se de grande importância a realização de estudos para identificação do cálculo de prevalência desta população.
ISSN:2531-1379