Os tempos da ação docente na classe hospital

Partindo das referências temporais presentes em entrevistas realizadas com professoras de classe hospitalar em três instituições de Curitiba, bem como em observações in loci das práticas, discute-se o choque entre a duração real das aulas e a duração burocraticamente exigida pelas autoridades escol...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Angélica Macedo Lozano Lima, Rosario Silvana Genta Lugli
Format: Article
Language:Spanish
Published: Universidade Federal de Santa Maria 2020-03-01
Series:Educação (UFSM)
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/40241
Description
Summary:Partindo das referências temporais presentes em entrevistas realizadas com professoras de classe hospitalar em três instituições de Curitiba, bem como em observações in loci das práticas, discute-se o choque entre a duração real das aulas e a duração burocraticamente exigida pelas autoridades escolares, com suas consequências sobre o trabalho. Os principais conceitos mobilizados referem-se à territorialidade, como forma de estruturação hierárquica do espaço e, ao lugar, como construção de um modo de pertencimento marcado pela afetividade. Desse ponto de vista, assiste-se a um processo de desterritorialização num sentido amplo, abrangendo ainda as práticas escolares no hospital, ou seja, estas acontecem num ambiente que não está estruturado em função do ensino, portanto, a classe hospitalar aparece como um fenômeno de reconstrução e ressignificação das práticas socialmente determinadas em cada evento de ensino-aprendizagem, cujas marcas mais evidentes são a individualização e a afetividade. Como expressão desse processo, predominantemente aflora a criatividade das professoras, circunscrita pela territorialidade e temporalidade do hospital, suas regras e hierarquias[1]. [1] A pesquisa que aconteceu entre 2014 a 2018 contou com financiamento da CAPES  
ISSN:1984-6444