Summary: | Este artigo constitui um esforço de leitura de autores que se engajaram na reativação das margens como espaço de enunciação intelectual na América Latina. Nesse sentido, desenha-se uma reflexão cuja curiosidade seminal se direciona sobre o lugar em que o escritor latinoamericano joga com os signos de outro escritor, o europeu. Buscando analisar como algumas escolas enfrentaram o silenciamento epistemológico da região, o presente trabalho retoma brevemente a literatura produzida pelas teorias da dependência, pelo grupo modernidade/colonialidade e pelos intérpretes da antropofagia. A partir de tal base, argumenta-se pelo espaço de enunciação marginal reativada através de uma epistemologia capaz de estabelecer a diferença como valor crítico. Através dessas lentes, sugere-se que, em cada uma daquelas correntes, verificam-se diferentes visões e graus distintos de resistência diante da figura da Europa ou dos países centrais. Ao fim, configuram-se múltiplas modalidades de infiltração
clandestina, mas que compartilham da preocupação com um lócus de fala periférica.
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