Considerações introdutórias sobre o raciocínio dos juristas
O tema proposto à análise, a saber, as “provas em direito” – e aqui não pretendo falar das provas legais no sentido técnico do termo, mas utilizá-lo no sentido mais amplo, que lhe é atribuído pelos lógicos – remete uma vez mais à discussão sobre o problema da natureza da jurisprudência. Trata-se de...
| Main Authors: | , |
|---|---|
| Format: | Article |
| Language: | English |
| Published: |
Civilistica.com
2020-12-01
|
| Series: | Civilistica.com |
| Online Access: | https://civilistica.emnuvens.com.br/redc/article/view/668 |
| _version_ | 1819299098741702656 |
|---|---|
| author | Norberto Bobbio Mariana Maia de Vasconcellos |
| author_facet | Norberto Bobbio Mariana Maia de Vasconcellos |
| author_sort | Norberto Bobbio |
| collection | DOAJ |
| description | O tema proposto à análise, a saber, as “provas em direito” – e aqui não pretendo falar das provas legais no sentido técnico do termo, mas utilizá-lo no sentido mais amplo, que lhe é atribuído pelos lógicos – remete uma vez mais à discussão sobre o problema da natureza da jurisprudência. Trata-se de controvérsia antiga, que vale a pena revisitar, ainda que brevemente, eis que revela uma divergência de interpretação deveras desconcertante. De um lado, a atividade dos juristas é considerada puramente lógica, comparando-se a ciência jurídica à matemática e, nesse sentido, formula-se como fim a ser perseguido o ideal de uma jurisprudência que constituiria uma ciência rigorosa. De outro lado, exaltam-se a intuição, o bom senso, o sentimento de equidade, apreendidos como qualidades fundamentais do bom jurista, de modo a se comparar a ciência jurídica a uma arte (a fórmula de Celso, ars boni et aequi, tornou-se um dos lugares comuns mais frequentes de nossos tribunais e tratados); o ideal que se persegue é aquele de um direito livre, de uma jurisdição baseada na equidade, aspirando-se a uma jurisprudência em constante progresso. |
| first_indexed | 2024-12-24T05:40:24Z |
| format | Article |
| id | doaj.art-dc1ec5fb33284585ba3d03f7808c4623 |
| institution | Directory Open Access Journal |
| issn | 2316-8374 |
| language | English |
| last_indexed | 2024-12-24T05:40:24Z |
| publishDate | 2020-12-01 |
| publisher | Civilistica.com |
| record_format | Article |
| series | Civilistica.com |
| spelling | doaj.art-dc1ec5fb33284585ba3d03f7808c46232022-12-21T17:12:51ZengCivilistica.comCivilistica.com2316-83742020-12-0193115668Considerações introdutórias sobre o raciocínio dos juristasNorberto Bobbio0Mariana Maia de Vasconcellos1Università degli Studi di TorinoUERJO tema proposto à análise, a saber, as “provas em direito” – e aqui não pretendo falar das provas legais no sentido técnico do termo, mas utilizá-lo no sentido mais amplo, que lhe é atribuído pelos lógicos – remete uma vez mais à discussão sobre o problema da natureza da jurisprudência. Trata-se de controvérsia antiga, que vale a pena revisitar, ainda que brevemente, eis que revela uma divergência de interpretação deveras desconcertante. De um lado, a atividade dos juristas é considerada puramente lógica, comparando-se a ciência jurídica à matemática e, nesse sentido, formula-se como fim a ser perseguido o ideal de uma jurisprudência que constituiria uma ciência rigorosa. De outro lado, exaltam-se a intuição, o bom senso, o sentimento de equidade, apreendidos como qualidades fundamentais do bom jurista, de modo a se comparar a ciência jurídica a uma arte (a fórmula de Celso, ars boni et aequi, tornou-se um dos lugares comuns mais frequentes de nossos tribunais e tratados); o ideal que se persegue é aquele de um direito livre, de uma jurisdição baseada na equidade, aspirando-se a uma jurisprudência em constante progresso.https://civilistica.emnuvens.com.br/redc/article/view/668 |
| spellingShingle | Norberto Bobbio Mariana Maia de Vasconcellos Considerações introdutórias sobre o raciocínio dos juristas Civilistica.com |
| title | Considerações introdutórias sobre o raciocínio dos juristas |
| title_full | Considerações introdutórias sobre o raciocínio dos juristas |
| title_fullStr | Considerações introdutórias sobre o raciocínio dos juristas |
| title_full_unstemmed | Considerações introdutórias sobre o raciocínio dos juristas |
| title_short | Considerações introdutórias sobre o raciocínio dos juristas |
| title_sort | consideracoes introdutorias sobre o raciocinio dos juristas |
| url | https://civilistica.emnuvens.com.br/redc/article/view/668 |
| work_keys_str_mv | AT norbertobobbio consideracoesintrodutoriassobreoraciociniodosjuristas AT marianamaiadevasconcellos consideracoesintrodutoriassobreoraciociniodosjuristas |