O livre-arbítrio e o problema do mal em Santo Agostinho
Em sua obra A Natureza do Bem, escrita em objeção à concepção de Mani no que diz respeito ao problema do mal e, consequentemente, à dualidade de princípios em que se fundamentam toda a ontologia e o sistema cosmológico da seita maniquéia, Santo Agostinho demonstra preocupação em esclarecer que toda...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Federal do Ceará
2010-01-01
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Series: | Argumentos |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.periodicos.ufc.br/argumentos/article/view/18957 |
Summary: | Em sua obra A Natureza do Bem, escrita em objeção à concepção de Mani no que diz respeito ao problema do mal e, consequentemente, à dualidade de princípios em que se fundamentam toda a ontologia e o sistema cosmológico da seita maniquéia, Santo Agostinho demonstra preocupação em esclarecer que toda natureza é um bem, uma vez que procede de Deus e que o mal, não incluído entre os seres criados, é tão somente aquilo pelo qual se dá a corrupção do modo [modus], da espécie [species] e da ordem [ordo], que são os atributos constitutivos dos seres ou naturezas. A tese agostiniana da inexistência ontológica do mal presente na referida obra, bem como todas as suas implicações filosófico-teológicas, já aparecia no diálogo O livre-arbítrio em que, respondendo aos questionamentos do jovem Evódio, Agostinho esclarece mais pormenorizadamente o que, mais tarde apresentaria em A Natureza do Bem, a saber: que sendo todas as coisas boas, o livre-arbítrio não poderia ser um mal, embora por meio dele possa o homem também pecar. Valendo-se da contra-argumentação agostiniana das teses defendidas pelo maniqueísmo, este trabalho, com efeito, tem por objetivo pensar a relação existente entre o livre-arbítrio humano e a origem do mal, segundo Santo Agostinho, a partir da reflexão das obras mencionadas.
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ISSN: | 1984-4247 1984-4255 |